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Cidades/Geral
Sábado - 19 de Março de 2005 às 12:46
Por: Alex Fama

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A Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso (OAB/MT) denunciou cinco pessoas que estão exercendo ilegalmente a profissão de advogado no Estado. A medida foi tomada depois de inúmeras reclamações das vítimas dos "falsos advogados" ao órgão.

Entre os denunciados estão um coronel da reserva da polícia militar e o "advogado" do Shopping Popular do Porto. Carlos Alberto Vieira da Rocha, Roberto Carlos Ribeiro Mourão, Alex Ortolan e a sua empresa Ortolan Assessoria Tributária, Luciano Pedroso de Jesus e o coronel Itamar Nogueira são os acusados de advogar ilegalmente.

A OAB protocolou representação na Delegacia de Estelionato contra três dos acusados. Os outros dois, Carlos Alberto e Roberto Carlos, estão sendo procurados pelo órgão. Eles também não são inscritos na ordem dos advogados.

Conforme o presidente do Tribunal de Defesa das Prerrogativas, Mananciel Fonseca, todos estavam advogando há um bom tempo sem ter o número de registro na OAB, ou seja, exerciam ilegalmente a profissão de advogado.

De acordo com as denúncias, os casos mais graves são o do coronel e de Luciano Pedroso de Jesus. No caso do militar da reserva, há uma sindicância ainda em andamento na corregedoria da polícia militar contra ele, pelo exercício ilegal de advogado.

Para as vítimas dos seus golpes, o coronel se apresentava como advogado de uma assessoria que oferecia vantagem de compra de casas de programas governamentais de habitação. Ele cobrava, em média, R$ 1,5 mil pela facilitação na aquisição destas casas que não existiam.

Já no caso de Luciano Pedroso de Jesus, há a possibilidade dele responder também por crime de estelionato, segundo Mananciel. Ele pegava o dinheiro das vítimas, mas não advogava em suas causas. Como não é advogado, ele não poderia assinar. Mas Luciano fazia o contrato e pedia para outros advogados assinarem e fazerem as audiências por ele.

De acordo com a denúncia, umas das vítimas que procurou o órgão, pagou os seus "honorários de advogado" cedendo um terreno e um carro.

Durante todo o fim da tarde de ontem, a reportagem procurou entrar em contato com todas as pessoas citadas na matéria, mas não conseguiu falar com nenhuma delas.

Precaução - Mananciel Fonseca alerta que antes de procurar um advogado faz se necessário uma consulta pelo telefone 613-0900 para averiguar se a pessoa é realmente um advogado. Este número também serve fazer qualquer denúncia contra advogados.




Fonte: A Gazeta

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