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Repórter News - reporternews.com.br
Tecnologia
Sábado - 19 de Março de 2005 às 09:48

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As famílias norte-americanas aumentaram severamente o uso de filtros de Internet para bloquear o acesso dos adolescentes a conteúdos online inapropriados, de acordo com um estudo da Pew Internet & American Life Project. Em 2000, 41% das famílias com adolescentes utilizavam os filtros. Esse índice saltou para 54% hoje, diz a pesquisa. Apesar disso, jovens e pais entrevistados dizem que os adolescentes ainda mantêm comportamentos online que não seriam aprovados.

Para realizar o estudo, foram entrevistadas 1,1 mil famílias com jovens de 12 a 17 anos no segundo semestre de 2004. Pelas estimativas da Pew, o número de famílias que controlam o acesso dos adolescentes à Web cresceu de 7 milhões em 2000 para 12 milhões. Os pais estão contando cada vez mais com a tecnologia para proteger seus filhos, mas também se esforçam para monitorar pessoalmente as atividades online dos jovens e estabelecer normas para o uso da Web, aponta o estudo.

Dois terços dos adolescentes e pais entrevistados afirmaram que os jovens fazem coisas online que não gostariam que seus pais soubessem. E a maioria deles, tanto pais quanto adolescentes, concordam que os jovens não são cuidadosos o suficiente ao fornecer informações pessoais na Internet.

Pais mais familiarizados com a tecnologia, e que utilizam a Internet com freqüência, são mais propensos a usar os filtros do que aqueles que não são conectados. Mas nem todos concordam que os filtros sejam o melhor método de proteger seus filhos.

O jornal Mercury News cita em sua reportagem uma mãe moradora de Santa Clara, na Califórnia, Diane Ybarra, cujos filhos começaram a navegar quanto tinham 13 e 11 anos de idade. Ybarra decidiu não instalar o filtro oferecido por seu provedor porque "acreditava neles (nos filhos) e queria dar-lhes o benefício da dúvida". Ela optou por conversar freqüentemente com as crianças sobre pornografia online e porque este e outros conteúdos são inadequados. Hoje, os filhos têm 20 e 18 anos. Um deles mantém um blog, que é lido com regularidade pela mãe. "Sempre me mantive próxima, vigilante, e conversando muito com eles."

Dois terços dos pais entrevistados disseram que checam regularmente as atividades online de seus filhos, mas apenas um terço dos adolescentes que acessam a Internet em casa acreditam que seus pais monitorem suas andanças pela Web.

De qualquer maneira, filtros e pais não conseguem bloquear tudo, principalmente à medida que mais dispositivos tecnológicos se conectam à Web. Não faz muito tempo, Ybarra descobriu que uma sobrinha de 15 anos havia guardado fotos pornográficas no telefone celular. "Muitos pais com quem converso estão preocupados com isso", disse ela ao jornal. "Mas são os tempos modernos".




Fonte: Terra

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