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Internacional
Sábado - 19 de Março de 2005 às 00:36

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Paris - Numa reunião de cúpula inédita, os líderes da França, Alemanha, Espanha e Rússia passaram em revista nesta sexta-feira as relações bilaterais e temas internacionais da atualidade como os conflitos no Oriente Médio, o programa nuclear iraniano e a suspensão do embargo à venda de armas à China. Os presidentes Jacques Chirac (francês) e Vladimir Putin (russo), o chefe de governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, e o chanceler alemão, Gerhard Schroeder, manifestaram opinião quase idêntica em várias questões, principalmente em relação à retomada das vendas de armas à China.

Chirac justificou a posição da União Européia de levantar o embargo, classificado por ele de anacrônico em todos os comentários a respeito. Mas ele fez questão de tranqüilizar os Estados Unidos que temem que a China utilize eventuais remessas de armas contra Taiwan. "Certamente, não vamos entregar tecnologia de ponta ou sensível", assegurou Chirac que falou em nome dos demais sócios europeus.

Putin concordou e propôs uma união de todos os países da região para exploração do mercado chinês. Ele destacou que a Rússia apóia plenamente o princípio de que Taiwan faz parte do território da China continental.

Outro tema abordado foi a crise libanesa. Chirac disse que todos eles firmaram um comunicado conjunto no qual insistem, como toda a comunidade internacional, que a Síria implemente já a Resolução 1.559 do Conselho de Segurança da ONU, retirando todas suas tropas e agentes secretos do Líbano.

Os quatro líderes se referiram também ao programa nuclear iraniano. O chanceler Gerhard Schroeder enfatizou os esforços da Alemanha, França e Grã-Bretanha para convencer os aiatolás iranianos a abandonarem seus projetos de produção de urânio enriquecido - a matéria-prima da bomba atômica. Manifestaram também preocupação junto a Putin que, recentemente, assinou contrato com as autoridades de Teerã para fornecimento de combustível nuclear àquele país. Funcionários russos disseram que o contrato contém todas a salvaguardas internacionais que disciplinam as transações nessa área.

E Putin lembrou durante a entrevista coletiva que a Rússia é contrária à proliferação de armas nucleares e garantiu que não existe nenhuma contradição no fato de ter assinado contrato com os aiatolás. Segundo os funcionários russos, as remessas só seriam fornecidas quando Teerã chegasse a um acordo com a comunidade internacional sobre seus verdadeiros objetivos na área.

Putin tranqüilizou os europeus e americanos também em relação à crise ucraniana. Ele lembrou as intensas relações econômicas entre a Rússia e a Ucrânia. E afirmou que seu governo, como todos os demais da Europa, não tem nenhuma intenção de provocar uma desestabilização política e institucional naquele país.




Fonte: AE - AP

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