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Internacional
Sexta - 18 de Março de 2005 às 01:52

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Washington - A Câmara de Representantes dos EUA aprovou uma legislação visando impedir a remoção dos aparelhos que mantêm viva Terry Schiavo há 15 anos na Flórida, cujo marido havia recebido a autorização de uma corte estadual para deixá-la morrer. Há sete, anos Michael Schiavo luta em tribunais contra os pais de Terry para conseguir que os aparelhos sejam desligados. Ele argumenta que a esposa preferiria morrer a ter uma vida vegetativa.

Na quarta-feira, uma corte de apelações da Flórida havia se negado a bloquear o direito de Michael de retirar os aparelhos, o que deveria ocorrer nesta sexta-feira. O projeto de lei aprovado na madrugada desta quinta-feira pela Câmara, dominada pelos republicanos, transfere casos do tipo para a alçada federal. Juízes federais já haviam rechaçado por duas vezes esforços dos pais, Bob e Mary Schindler, para retirar o caso das cortes da Flórida, alegando falta de jurisdição.

Republicanos do Senado estão apresentando um outro projeto de lei que permitiria aos pais de Terri representá-la numa corte federal. A legislação da Câmara estabelece que somente um juiz federal pode decidir se a retirada dos aparelhos de uma pessoa em coma - que não tenha deixado instruções por escrito - viola a Constituição ou leis americanas.

O caso - Terry, de 41 anos, sofreu sérios danos cerebrais em 1990, quando uma queda do nível de potássio no seu corpo causou uma parada cardíaca. Ela está em coma desde então. Médicos forenses afirmam que ela está em estado vegetativo. Michael diz que ela lhe revelou certa vez que não queria ser mantida viva artificialmente. Seus pais discordam, e acreditam que ela ainda poderá eventualmente se recuperar.

O juiz da Flórida, George Greer, deu permissão a Michael Schiavo para pedir a remoção dos tubos de alimentação. Sem eles, calcula-se que Terry morreria em uma ou duas semanas. O presidente do Comitê Judicial da Câmara de Representantes, James Sensenbrenner, que formulou o projeto de lei, afirmou que "o que está ocorrendo com Terry Schiavo é completamente desumano".

Os representantes democratas criticaram o projeto de lei e disseram que ele é "uma maneira perigosa de enfrentar assuntos muito sérios".




Fonte: AE - AP

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