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Soldados da ONU acham difícil cumprir veto ao sexo
A proibição de manter relações sexuais com a população local, imposta à Missão da ONU na República Democrática do Congo (Monuc), será "difícil de ser cumprida", opinam alguns de seus integrantes e a população local. Depois que uma investigação interna confirmou cerca de 20 casos de exploração sexual de meninas por militares e civis da Monuc, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, proibiu o pessoal de manter relações com a população local fora do trabalho. A proibição foi decretada no último dia 9 de fevereiro.
Não será permitido aos "capacetes azuis" manter relações com prostitutas, independentemente do fato de a prostituição ser legalizada em seu país de origem ou na própria RDC, onde a lei não pune essas mulheres. "É certo que durante muito tempo não se reagiu com eficácia a estes assuntos e diante de situações delicadas tende-se a dizer que não é preciso exagerar e que, afinal, são militares e são homens", disse um funcionário civil da Monuc que pediu para manter o anonimato.
"Mas a percepção geral é que as medidas tomadas são exageradas. Quiseram resolver o problema queimando a floresta", acrescentou. "Não sei se é viável conseguir que não haja relações sexuais, mas acho isso difícil. De fato pode ser uma medida contraproducente porque agora tanto civis como soldados têm medo e provavelmente continuarão tendo relações sexuais, porém às escondidas", opinou.
As denúncias de exploração sexual surgiram no início de 2004 e aumentaram ao longo do ano, especialmente na cidade nordeste de Bunia, capital da turbulenta região de Ituri.
Não será permitido aos "capacetes azuis" manter relações com prostitutas, independentemente do fato de a prostituição ser legalizada em seu país de origem ou na própria RDC, onde a lei não pune essas mulheres. "É certo que durante muito tempo não se reagiu com eficácia a estes assuntos e diante de situações delicadas tende-se a dizer que não é preciso exagerar e que, afinal, são militares e são homens", disse um funcionário civil da Monuc que pediu para manter o anonimato.
"Mas a percepção geral é que as medidas tomadas são exageradas. Quiseram resolver o problema queimando a floresta", acrescentou. "Não sei se é viável conseguir que não haja relações sexuais, mas acho isso difícil. De fato pode ser uma medida contraproducente porque agora tanto civis como soldados têm medo e provavelmente continuarão tendo relações sexuais, porém às escondidas", opinou.
As denúncias de exploração sexual surgiram no início de 2004 e aumentaram ao longo do ano, especialmente na cidade nordeste de Bunia, capital da turbulenta região de Ituri.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/352213/visualizar/
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