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Internacional
Quinta - 17 de Março de 2005 às 16:30

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A proibição de manter relações sexuais com a população local, imposta à Missão da ONU na República Democrática do Congo (Monuc), será "difícil de ser cumprida", opinam alguns de seus integrantes e a população local. Depois que uma investigação interna confirmou cerca de 20 casos de exploração sexual de meninas por militares e civis da Monuc, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, proibiu o pessoal de manter relações com a população local fora do trabalho. A proibição foi decretada no último dia 9 de fevereiro.

Não será permitido aos "capacetes azuis" manter relações com prostitutas, independentemente do fato de a prostituição ser legalizada em seu país de origem ou na própria RDC, onde a lei não pune essas mulheres. "É certo que durante muito tempo não se reagiu com eficácia a estes assuntos e diante de situações delicadas tende-se a dizer que não é preciso exagerar e que, afinal, são militares e são homens", disse um funcionário civil da Monuc que pediu para manter o anonimato.

"Mas a percepção geral é que as medidas tomadas são exageradas. Quiseram resolver o problema queimando a floresta", acrescentou. "Não sei se é viável conseguir que não haja relações sexuais, mas acho isso difícil. De fato pode ser uma medida contraproducente porque agora tanto civis como soldados têm medo e provavelmente continuarão tendo relações sexuais, porém às escondidas", opinou.

As denúncias de exploração sexual surgiram no início de 2004 e aumentaram ao longo do ano, especialmente na cidade nordeste de Bunia, capital da turbulenta região de Ituri.





Fonte: EFE

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