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Audiência no Senado discute desnutrição em aldeias indígenas
Uma audiência pública está sendo realizada nesta manhã no Senado, em Brasília, para debater o problema da desnutrição verificada em crianças indígenas nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Somente este ano em Mato Grosso sete crianças morreram nas aldeias xavantes, no município de Campinápolis.
O representante do Instituto de Tradições Indígenas, o índio Jeremias Tsibodowapre, de Campinápolis, está presente na audiência e critica o atual governo. "O governo Lula está faltando com a responsabildiade de criar uma estância maior de referência aos índios. Esse governo já criou várias representações, dos negros, das mulheres e dos gays. Porque não criar a dos índios?", reclamou Geremias.
O índio explica ainda que o problema da desnutrição nas aldeias indígenas não é novidade e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) tinha conhecimento da situação há muito tempo. "A morte das crianças em Campinápolis não é culpa dos xavantes. A desnutrição que assola meu povo foi comunicada desde 2002", ressalta Jeremias.
Na audiência serão ouvidos o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena de Mato Grosso do Sul, Hilário Silva; índio e capitão da aldeia Bororó, Luciano Arévalo; índio e capitão da aldeia Jaguapiru, Hélio Ningu; coordenador de Assuntos Indígenas da Prefeitura de Dourados, Anastácio Peralta; e o índio Jeremias Tsibodowapre, que representa o Instituto de Tradições Indígenas.
Os antropólogos Rubem Ferreira Thomaz de Almeida e Fábio Mura e o diretor do Departamento de Saúde Indígena da Fundação Nacional de Saúde, Alexandre Padilha, também foram convidados para a audiência.
A audiência é organizada pela Comissão de Direitos Humanos do Senado, presidida pelo senador Juvêncio César da Fonseca (PDT-MS).
Relatório
Um relatório realizado pela Funasa constatou-se que 116 índios xavantes morreram nas aldeias de Mato Grosso no ano passado, sendo que 95 foram crianças.
A mortalidade infantil nas aldeias dos xavantes é a maior entre os povos indígenas do Brasil. Segundo a Funasa, o número de mortes chegou a 133,8 para cada mil nascidos em 2004, aumento de 22,19% em relação a 2003.
Campinápolis
Três médicos e quatro enfermeiros foram na semana passada para Campinápolis, na região do Araguaia. Eles foram enviados pela Funasa para atender as aldeias xavantes, onde crianças estão morrendo devido à desnutrição.
Em fevereiro, mais de 20 crianças foram internadas com problema de desnutrição. Sete morreram. (AM)
O representante do Instituto de Tradições Indígenas, o índio Jeremias Tsibodowapre, de Campinápolis, está presente na audiência e critica o atual governo. "O governo Lula está faltando com a responsabildiade de criar uma estância maior de referência aos índios. Esse governo já criou várias representações, dos negros, das mulheres e dos gays. Porque não criar a dos índios?", reclamou Geremias.
O índio explica ainda que o problema da desnutrição nas aldeias indígenas não é novidade e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) tinha conhecimento da situação há muito tempo. "A morte das crianças em Campinápolis não é culpa dos xavantes. A desnutrição que assola meu povo foi comunicada desde 2002", ressalta Jeremias.
Na audiência serão ouvidos o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena de Mato Grosso do Sul, Hilário Silva; índio e capitão da aldeia Bororó, Luciano Arévalo; índio e capitão da aldeia Jaguapiru, Hélio Ningu; coordenador de Assuntos Indígenas da Prefeitura de Dourados, Anastácio Peralta; e o índio Jeremias Tsibodowapre, que representa o Instituto de Tradições Indígenas.
Os antropólogos Rubem Ferreira Thomaz de Almeida e Fábio Mura e o diretor do Departamento de Saúde Indígena da Fundação Nacional de Saúde, Alexandre Padilha, também foram convidados para a audiência.
A audiência é organizada pela Comissão de Direitos Humanos do Senado, presidida pelo senador Juvêncio César da Fonseca (PDT-MS).
Relatório
Um relatório realizado pela Funasa constatou-se que 116 índios xavantes morreram nas aldeias de Mato Grosso no ano passado, sendo que 95 foram crianças.
A mortalidade infantil nas aldeias dos xavantes é a maior entre os povos indígenas do Brasil. Segundo a Funasa, o número de mortes chegou a 133,8 para cada mil nascidos em 2004, aumento de 22,19% em relação a 2003.
Campinápolis
Três médicos e quatro enfermeiros foram na semana passada para Campinápolis, na região do Araguaia. Eles foram enviados pela Funasa para atender as aldeias xavantes, onde crianças estão morrendo devido à desnutrição.
Em fevereiro, mais de 20 crianças foram internadas com problema de desnutrição. Sete morreram. (AM)
Fonte:
Agência Senado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/352233/visualizar/
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