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Esportes
Quinta - 17 de Março de 2005 às 12:40

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A provocação dos argentinos extrapolou no empate por 2 a 2, entre São Paulo e Quilmes, na cidade de Quilmes, pela Copa Libertadores. Após o duelo, o atacante Grafite deixou o estádio Centenário reclamando da forma como foi tratado pelo adversário. Além de cusparadas na cara, ele foi alvo de declarações racistas dos jogadores rivais.

"Recebi muitas cusparadas de torcedores e jogadores aqui na Argentina. Também me chamaram de negro e macaco durante o jogo. Mas eu não ligo. Libertadores é assim mesmo", contou o atacante são-paulino, autor de três gols em três jogos na Libertadores 2005.

Este tipo de atitude tem sido comum na Europa. Jogadores negros estrangeiros estão sendo freqüentemente hostilizados. Tentando acabar com este problema, a Uefa já começou a punir, financeiramente, os clubes por causa deste crime.

Na própria Argentina, o lateral Baiano, ex-Palmeiras, hoje no Boca Juniors, ganhou dois apelidos desde que chegou: "bombom" e "negro", que são cantados pelos fanáticos torcedores a todo momento em La Bombonera. O ala vê isso como uma demonstração de carinho e não se sente discriminado.

Atitudes como esta dos rivais são comuns na Libertadores. Na terça-feira, Grafite já havia contado que, ano passado, no duelo com o Rosario Central-ARG, fora de casa, ele também havia sido ofendido.

"O mais engraçado ocorreu contra o Once Caldas (na semifinal), quando um baita negão me chamou de macaco", lembrou ele.





Fonte: Lancepress

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