Concorrência de sonegadores preocupa empresários

O combate à ilegalidade e à atuação de empresas que não pagam impostos foi tema de um encontro entre o Foremat (Fórum de Empresários de Mato Grosso) e o governador Blairo Maggi na tarde desta quarta-feira (16.03) no Palácio Paiaguás. A concorrência desleal preocupa os empresários dos vários segmentos econômicos do Estado e isso foi externado ao governador durante a reunião que teve a participação do secretário de Fazenda, Waldir Teis. “O mais importante é que os objetivos trazidos aqui são os mesmos objetivos do Governo do Estado: buscar mecanismos para melhorar a fiscalização”, explicou o presidente do Foremat, Célio Fernandes.

Segundo Fernandes, desde dezembro passado, quando foi realizada a última reunião do Foremat com o Governo do Estado, já foram tomadas algumas medidas para melhorar a eficiência na fiscalização com a criação do Ciac, uma unidade de atendimento direto ao contribuinte criada pela Sefaz para atender estas reivindicações. O segmento empresarial pede um arrocho na fiscalização nos postos fiscais para coibir a entrada de mercadorias sem notas fiscais. Com o ICMS garantido integral em vigor se estabeleceu um pagamento antecipado dos tributos a partir da entrada das mercadorias no Estado.

“As empresas que atuam na ilegalidade e sonegam as informações, passando com notas subfaturadas ou até mesmo sem notas fiscais prejudicam as que atuam formalmente e que estão pagando corretamente os impostos prejudicando não só os segmentos econômicos, mas também o Estado que deixa de arrecadar”, disse Fernandes. O governador Blairo Maggi reforçou que a orientação à Sefaz é que se aumente a eficiência na fiscalização.

Na próxima semana já está marcada uma reunião entre a Sefaz e o Foremat, na qual será demonstrado o que está sendo feito. A Sefaz deverá apresentar, inclusive, alguns indicadores que mostram o trabalho do Governo no combate a ilegalidade, tais como a quantidade de notas fiscais que passam pelos postos fiscais dentro de determinado período e também se houve aumento na quantidade de notas em períodos comparativos. “O Foremat defende a bandeira da eficiência e dos interesses do próprio governo”, disse Fernandes, que através do Foremat irá propor na próxima reunião algumas medidas para melhorar ainda mais a eficiência.