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Primeira reunião da assembléia iraquiana termina sem decisões
Membros da Assembléia Nacional iraquiana se reuniram nesta quarta-feira na capital Bagdá pela primeira vez desde as eleições de 30 de janeiro. O encontro, que durou apenas 90 minutos e foi marcado por ataques, não decidiu a formação de um novo governo, nem uma nova reunião.
O aumento da segurança ao redor da Zona Verde, complexo superprotegido onde aconteceu a reunião, não foi suficiente para barrar as ações dos insurgentes.
Pouco antes da abertura da cerimônia, vários morteiros foram lançados perto do complexo e, em Baquba [60 km a nordeste de Bagdá], um carro-bomba explodiu, deixando ao menos três mortos. O ataque foi reivindicado pela Organização da Al Qaeda no Iraque, comandada pelo terrorista jordaniano Abu Musab al Zarqawi.
Ao final do encontro, rebeldes atacaram uma casa usada como escritório do jornal "Bagdhad Mirror", de língua inglesa, editado semanalmente. Não houve registro de vítimas nesse ataque.
Falta de resolução
O encontro dos membros da Assembléia não resolveu o impasse político no Iraque. A falta de definição acontece não só entre xiitas e sunitas, mas também entre xiitas e curdos.
Líderes da Aliança Unida do Iraque, coalizão xiita que foi criada pelo aiatolá Ali al Sistani para as eleições, e que agora detém 140 dos 275 lugares da assembléia, não conseguiram chegar a um consenso com os dirigentes da coalizão curda, que detém 75 assentos.
Há uma tentativa de acordo para formar um bloco de poder que seria composto pelo xiita Ibrahim Jaafari, que assumiria o cargo de premiê, e por Jalal Talabani, líder da União Patriótica do Curdistão, que ocuparia a Presidência do país. Aos sunitas, seria oferecido o cargo de líder da Assembléia Nacional.
Durante a reunião, os líderes curdos teriam exigido uma expansão de seu território até a cidade de Kirkuk, ao norte, região importante para a exploração e comercialização de petróleo. Eles também querem que o país tenha um governo secular.
Em contrapartida, xiitas pediram para que as milícias curdas passem a integrar as forças de segurança iraquianas. Não houve uma resolução quanto a nenhuma dessas demandas.
Dever De acordo com a Constituição interina iraquiana, a Assembléia Nacional deve eleger um presidente e dois vices, que escolheriam, então, um primeiro-ministro.
Sem um acordo, Iyad Allawi, cujo partido ficou em terceiro lugar nas eleições, continua a ocupar o cargo de primeiro-ministro interino.
A demora tem feito com que civis iraquianos acusem o governo interino de deixar o processo político na mão dos insurgentes, que podem minar o avanço obtido até agora.
O aumento da segurança ao redor da Zona Verde, complexo superprotegido onde aconteceu a reunião, não foi suficiente para barrar as ações dos insurgentes.
Pouco antes da abertura da cerimônia, vários morteiros foram lançados perto do complexo e, em Baquba [60 km a nordeste de Bagdá], um carro-bomba explodiu, deixando ao menos três mortos. O ataque foi reivindicado pela Organização da Al Qaeda no Iraque, comandada pelo terrorista jordaniano Abu Musab al Zarqawi.
Ao final do encontro, rebeldes atacaram uma casa usada como escritório do jornal "Bagdhad Mirror", de língua inglesa, editado semanalmente. Não houve registro de vítimas nesse ataque.
Falta de resolução
O encontro dos membros da Assembléia não resolveu o impasse político no Iraque. A falta de definição acontece não só entre xiitas e sunitas, mas também entre xiitas e curdos.
Líderes da Aliança Unida do Iraque, coalizão xiita que foi criada pelo aiatolá Ali al Sistani para as eleições, e que agora detém 140 dos 275 lugares da assembléia, não conseguiram chegar a um consenso com os dirigentes da coalizão curda, que detém 75 assentos.
Há uma tentativa de acordo para formar um bloco de poder que seria composto pelo xiita Ibrahim Jaafari, que assumiria o cargo de premiê, e por Jalal Talabani, líder da União Patriótica do Curdistão, que ocuparia a Presidência do país. Aos sunitas, seria oferecido o cargo de líder da Assembléia Nacional.
Durante a reunião, os líderes curdos teriam exigido uma expansão de seu território até a cidade de Kirkuk, ao norte, região importante para a exploração e comercialização de petróleo. Eles também querem que o país tenha um governo secular.
Em contrapartida, xiitas pediram para que as milícias curdas passem a integrar as forças de segurança iraquianas. Não houve uma resolução quanto a nenhuma dessas demandas.
Dever De acordo com a Constituição interina iraquiana, a Assembléia Nacional deve eleger um presidente e dois vices, que escolheriam, então, um primeiro-ministro.
Sem um acordo, Iyad Allawi, cujo partido ficou em terceiro lugar nas eleições, continua a ocupar o cargo de primeiro-ministro interino.
A demora tem feito com que civis iraquianos acusem o governo interino de deixar o processo político na mão dos insurgentes, que podem minar o avanço obtido até agora.
Fonte:
Folha Online
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/352479/visualizar/
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