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Iraque inaugura Parlamento sem acordo de coalizão
O novo Parlamento interino do Iraque realizou sua sessão inaugural nesta quarta-feira, ainda sem um acordo entre os principais partidos para a formação de um governo de coalizão.
Os deputados eleitos em janeiro podiam escutar explosões nas proximidades do edifício da Assembléia, situada na Zona Verde, região central fortificada de Bagdá que costuma ser alvo de mísseis e morteiros.
Horas antes, um carro-bomba explodiu em um posto de controle militar em Baquba, a 60 km de Bagdá, matando pelo menos três soldados iraquianos e ferindo sete pessoas.
Mais de seis semanas após a primeira eleição democrática iraquiana em 50 anos, os líderes partidários ainda negociam uma forma de compartilhar o poder.
Na ausência de um acordo, a abertura da Assembléia Nacional Transitória é puramente cerimonial. Os deputados ainda não vão escolher o presidente vice-presidente.
Os negociadores esperam chegar a uma solução para o impasse sobre o futuro governo até o fim do mês.
A sessão da Assembléia começou com versos do Alcorão às 11h30 (5h30 em Brasília). Os 275 deputados prestaram juramento. O encontro terminou poucas horas mais tarde, sem uma data fixada para a próxima reunião.
Impaciência
O correspondente da BBC em Bagdá Jim Muir afirma que a política de formação de coalizão é novidade num país submetido a uma ditadura rígida por décadas.
Segundo Muir, cientes da crescente impaciência do público com a falta de acordo, os políticos de todos os segmentos decidiram levar adiante a abertura dos trabalhos da Assembléia para passar uma impressão de que há avanços.
Integrantes da Aliança Iraquiana Unida, a coalizão xiita que venceu as eleições de janeiro, tentam há várias semanas concluir um acordo com líderes curdos.
Autoridades curdas, o segundo maior grupo a emergir das urnas, dizem que ainda há divergências a serem resolvidas.
As duas principais, segundo o chefe da União Patriótica do Curdistão, dizem respeito ao destino dos combatentes curdos conhecidos como peshmerga e à cidade de Kirkuk.
Os árabes iraquianos pedem que esses soldados curdos sejam desarmados ou integrados ao Exército nacional iraquiano.
Já a discussão sobre Kirkuk gira em torno de quem vai controlar as receitas obtidas com a exploração de petróleo na região.
Os xiitas e curdos devem passar a ter um papel dominante na política iraquiana após muitos anos de domínio da minoria sunita, durante o regime de Saddam Hussein.
A Assembléia inaugurada nesta quarta-feira terá poderes para redigir uma nova Constituição, que deve ser submetida a um referendo. Antes disso, porém, ela terá de escolher um conselho formado por um presidente e dois vices.
Esses três integrantes do conselho presidencial indicam, por sua vez, o primeiro-ministro, que será o chefe de governo, escolherá o gabinete ministerial e ficará com o controle das Forças Armadas.
Os deputados eleitos em janeiro podiam escutar explosões nas proximidades do edifício da Assembléia, situada na Zona Verde, região central fortificada de Bagdá que costuma ser alvo de mísseis e morteiros.
Horas antes, um carro-bomba explodiu em um posto de controle militar em Baquba, a 60 km de Bagdá, matando pelo menos três soldados iraquianos e ferindo sete pessoas.
Mais de seis semanas após a primeira eleição democrática iraquiana em 50 anos, os líderes partidários ainda negociam uma forma de compartilhar o poder.
Na ausência de um acordo, a abertura da Assembléia Nacional Transitória é puramente cerimonial. Os deputados ainda não vão escolher o presidente vice-presidente.
Os negociadores esperam chegar a uma solução para o impasse sobre o futuro governo até o fim do mês.
A sessão da Assembléia começou com versos do Alcorão às 11h30 (5h30 em Brasília). Os 275 deputados prestaram juramento. O encontro terminou poucas horas mais tarde, sem uma data fixada para a próxima reunião.
Impaciência
O correspondente da BBC em Bagdá Jim Muir afirma que a política de formação de coalizão é novidade num país submetido a uma ditadura rígida por décadas.
Segundo Muir, cientes da crescente impaciência do público com a falta de acordo, os políticos de todos os segmentos decidiram levar adiante a abertura dos trabalhos da Assembléia para passar uma impressão de que há avanços.
Integrantes da Aliança Iraquiana Unida, a coalizão xiita que venceu as eleições de janeiro, tentam há várias semanas concluir um acordo com líderes curdos.
Autoridades curdas, o segundo maior grupo a emergir das urnas, dizem que ainda há divergências a serem resolvidas.
As duas principais, segundo o chefe da União Patriótica do Curdistão, dizem respeito ao destino dos combatentes curdos conhecidos como peshmerga e à cidade de Kirkuk.
Os árabes iraquianos pedem que esses soldados curdos sejam desarmados ou integrados ao Exército nacional iraquiano.
Já a discussão sobre Kirkuk gira em torno de quem vai controlar as receitas obtidas com a exploração de petróleo na região.
Os xiitas e curdos devem passar a ter um papel dominante na política iraquiana após muitos anos de domínio da minoria sunita, durante o regime de Saddam Hussein.
A Assembléia inaugurada nesta quarta-feira terá poderes para redigir uma nova Constituição, que deve ser submetida a um referendo. Antes disso, porém, ela terá de escolher um conselho formado por um presidente e dois vices.
Esses três integrantes do conselho presidencial indicam, por sua vez, o primeiro-ministro, que será o chefe de governo, escolherá o gabinete ministerial e ficará com o controle das Forças Armadas.
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/352527/visualizar/
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