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Cidades/Geral
Quarta - 16 de Março de 2005 às 07:42
Por: Keka Werneck

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Cinco municípios no norte de Mato Grosso, assolados pelas fortes chuvas que caem incessantemente na região, já entraram com pedido de decreto de situação de emergência junto à Defesa Civil do Estado.

O quadro mais grave é o de Novo Mundo (800 km de Cuiabá). A cidade está ilhada, assim como a zona rural. São cerca de 12 mil habitantes cercados por água.

"Não temos como sair daqui por terra", confirma, por telefone, o secretário municipal de Finanças, Ademir Tesk, informando que as três estradas, que dão saídas, "viraram rios".

Também pediram que o mesmo decreto seja baixado, assim como Novo Mundo, Guarantã do Norte, Colíder, Juara e Cotriguaçu. As cinco cidades ficam dentro dos limites da Amazônia Legal, onde o clima é de floresta e o período das águas se estende um pouco mais do que na Baixada Cuiabana. A situação em todas elas é semelhante, conforme o assessor da Defesa Civil, Gérson Vargas Lopes.

Relatórios apontam estragos e defendem que não têm recursos para consertos. Estradas enlameadas ou destruídas, pontes que ruíram, bueiros rompidos. Em meio disso tudo, grande número de caminhões tentando chegar aos destinos, "dançando" nas pistas.

A situação de emergência é uma forma oficial de chegar à Brasília a notícia que é preciso liberar recursos imediatos. "As prefeituras, desta forma, fogem de processos burocráticos, ficam dispensadas de licitações, por exemplo", explica Lopes. Ainda assim o recurso só chega dentro de em média seis meses e em geral apenas uma parte do que foi requisitado.

Os prefeitos podem, contudo, usar cerca de R$ 30 mil (máximo que geralmente conseguem) para fazer consertos necessários. Depois devem prestar contas à Caixa Econômica Federal (CEF) do que foi feito.

A Defesa Civil afirma já ter feito o pedido de carro para que a equipe vá aos cinco municípios verificar se o que está escrito nos relatórios procede e então decretar situação de emergência.

Há 30 dias não pára de chover em Cotriguaçu (1072 km de Cuiabá). Chuva forte. Cerca de 300 famílias estão ilhadas em um assentamento. Estradas improvisadas, que haviam sido feitas por braçais da comunidade, se desfizeram. "Terão de ser refeitas", lamenta o prefeito Damião Carlos de Lima (PPS), o Kiko.

Em Colíder (636 km de Cuiabá), cerca de 800 estudantes da zona rural estão sem aula e outros enfrentam roteiros alternativos para ir à escola, chegando em casa já "tarde da noite", observa o secretário de Comunicação, Neivor Steffins. "Mais de 30 pontes caíram e 30 bueiros romperam", diz ainda.




Fonte: A Gazeta

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