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Cidades/Geral
Terça - 15 de Março de 2005 às 20:23
Por: Raquel Teixeira

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Parte da história do Poder Executivo mato-grossense, o Centro Político Administrativo (CPA) e mais precisamente, o Palácio do Governo, foi na década de 70 a saída encontrada para reunir em um mesmo espaço a administração estadual. Completando 30 anos de inauguração, o Palácio Paiaguás, construído entre os anos de 1973 e 1975, durante a gestão do então governador José Fontanilhas Fragelli (1971-1975) foi entregue em 15 de março, onde o ex-governador José Garcia Neto tomou posse.

Localizado a três quilômetros do centro da Capital, em uma área de 2,200 hectares, em um terreno doado pela Prefeitura, o CPA foi idealizado para suprir a exigüidade dos espaços ocupados pela administração do Estado em casas ou escritórios alugados, impróprios ao funcionamento e atendimento, alguns em mau estado, e ainda, sujeitos à especulação imobiliária.

A princípio, a primeira construção erguida foi o Palácio Paiaguás, sendo mais tarde construídos, já na década de 80, os demais prédios de secretarias e autarquias.

O projeto do Palácio era um antigo sonho do arquiteto cuiabano Moacyr de Freitas, que juntamente com o também arquiteto Satiro Phol de Castilho, propuseram-no ao governador Fragelli, que aprovou. Assim, conforme o edital de maio de 1973, foram iniciadas as obras do Palácio, que levou o nome em homenagem à nação indígena de canoeiros, Paiaguás, que habitaram o baixo rio Paraguai.

A mudança da sede do Executivo do então Palácio Alencastro, no centro da cidade e atual sede do poder Executivo municipal trouxe, com o passar dos anos, desenvolvimento para a região do CPA, formando-se aí núcleos habitacionais construídos e destinados aos servidores públicos estaduais. A avenida Historiador Rubens de Mendonça era, à época, totalmente sem pavimentação e terminava no Palácio.

Desde a inauguração, o Palácio abrigou, como continua até a atualidade, os órgãos de apoio à governadoria e vice-governadoria, como Secretarias de Comunicação Social (Secom), de Planejamento, de Administração, Casa Civil e Casa Militar, além do Corpo de Guarda, atual Companhia Independente de Policiamento Institucional. No Palácio funcionam também a Coordenadoria de Defesa Civil do Estado e na atual gestão, a Secretaria Extraordinária de Projetos Estratégicos. Depois, foram sendo construídos dentro do CPA os demais prédios para abrigar as secretarias, reunindo em um mesmo espaço a maioria dos órgãos públicos estaduais.

O repórter fotográfico da Secom, Lenine Martins, recorda que o trajeto do centro ao Palácio era longo. “Houve ocasiões de dormimos dentro do Palácio, pois não havia ônibus que fazia esse trajeto”, lembra. Servidor há mais de 30 anos, Lenine entrou no Estado no extinto Serviço de Divulgação do Estado de Mato Grosso, vinculado à Casa Civil, mais tarde transformado em Coordenadoria de Comunicação Social e depois em Secretaria de Comunicação, na gestão do governador Júlio Campos. “Naquela época nosso boletim era impresso em mimeógrafo e distribuído de mão em mão. Tínhamos também um laboratório fotográfico em preto e branco, onde trabalharam profissionais como Eurípedes Andreatto e Osmar Cabral “, recorda.

Outro servidor da Secretaria, o jornalista Vanderlei Meneguini conta que a construção do palácio tornou-se ponto turístico na cidade. “As pessoas vinham até aqui para ver como estava sendo construído e conhecer a região que até então era completamente desabitada. Para se chegar à Chapada dos Guimarães passava-se por essa avenida, que na época era somente poeira”, lembra.

Maria José da Silva Camargo, servidora há mais de 33 anos do Estado, afirma que a mudança trouxe um pouco mais de conforto para os servidores, porém, ficou mais longe de tudo. Funcionária da Casa Civil, ela acompanhou o processo de mudança, atuando em diversas funções como telefonista do gabinete da governadoria, no governo Garcia Neto, sendo depois promovida a auxiliar administrativo e mais tarde a agente de desenvolvimento econômico e social, função que exerce há vários anos no setor de protocolo. “Isso aqui é minha vida, adoro trabalhar na Casa Civil, e o Palácio tornou-se parte de mim”, ressalta feliz.

Após a inauguração pelo governador Fragelli, o Palácio Paiaguás abrigou doze governadores – José Garcia Neto, Cássio Leite de Barros, Frederico Campos, Júlio Campos, Wilmar Peres, Carlos Bezerra, Edison de Freitas, Moisés Feltrin, Jaime Campos, Dante de Oliveira e, atualmente, Blairo Maggi.

“O Centro Político Administrativo será ao longo dos anos mais que uma obra destinada a abrigar órgãos do Estado. Representa o esforço permanente do mato-grossense pelo desenvolvimento do Estado e a contribuição efetiva para a civilização amazônica – a razão desta obra”, afirmou à época da inauguração o governador Fragelli.

O Palácio passou recentemente por reformas físicas, com instalação de grades e alambrados em seu entorno. A medida foi adotada para controlar o acesso de pedestres e veículos à sede do Executivo Estadual e garantir a proteção ao bem público e a segurança dos funcionários e visitantes. Além das cercas, duas guaritas foram construídas para controle de acesso de veículos, além da instalação de câmeras móveis.




Fonte: Secom - MT

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