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Vila Bela da Santíssima Trindade: patrimônio precioso e ameaçado
O município de Vila Bela da Santíssima Trindade abriga um dos maiores acervos da cultura mato-grossense e é nessa região que o Governo do Estado vem patrocinando o projeto Fronteira Ocidental, que desenvolve ações voltadas para a recuperação do patrimônio histórico, bem como, a pesquisa arqueológica. O fato de a cidade ter sido a primeira capital de Mato Grosso lhe confere tais características que precisam ser preservadas. Porém, esse trabalho vem enfrentando dificuldades, a maior parte delas advindas da ocupação irregular.
O marco inicial desse município se deu às margens do rio Guaporé com a serra de Ricardo Franco ao fundo, configurando-se uma paisagem espetacular, de onde originou-se o nome ‘Vila Bela’. E é justamente nessa área onde nasceu a cidade que situam-se as mais antigas edificações da região, tombadas pelo Estado em 1984, e também onde está localizado o Complexo Arqueológico Santo Antônio dos Militares. Há aproximadamente 15 dias aconteceu um desmoronamento de parte do aterro murado dessa antiga construção.
O arqueólogo Paulo Zanettini e o fotógrafo Mário Friedländer fazem parte da equipe que desenvolve o Fronteira Ocidental e, constantemente, se deparam com problemas originados pelo mau uso da área onde estão as edificações e o complexo arqueológico mencionados. “São apenas quatro famílias residindo naquela área que tem 1,5 hectare”, explica Friedlander. Ele frisa que as articulações são todas no sentido de que a retirada das pessoas que habitam a área não cause qualquer espécie de problema social e que a própria Câmara dos Vereadores do município já tomou iniciativas para a transferência dessas famílias para outra área.
Friedlander destaca ainda que a Promotoria de Justiça de Vila Bela já vem intervindo e que a Assessoria Jurídica da Prefeitura local já estipulou a data limite da desocupação da área, que é em 21 de outubro.
A Secretaria de Estado de Cultura, órgão gestor do Fronteira Ocidental, tem se preocupado com essa questão. A recuperação e revitalização do patrimônio histórico, aliás, tem sido uma das frentes do atual governo no setor cultural. O próprio secretário, João Carlos Vicente Ferreira, já esteve na cidade várias vezes para acompanhar de perto a execução do projeto.
No que se refere aos estudos arqueológicos também há muito interesse, uma vez que Vila Bela é uma das regiões que já foi a mais densamente habitada em Mato Grosso, inclusive, com enorme diversidade de etnias. Em cerca de três anos de pesquisa o material já encontrado sugere indícios da presença humana datada de aproximadamente 20 mil anos na região. “É necessário que toda a população local entenda que o patrimônio histórico e arqueológico deve tornar-se, inclusive, uma fonte de renda para a região”, sustenta João Carlos.
AÇÕES DIVERSIFICADAS
O secretário de Estado de Cultura, João Carlos Vicente Ferreira, acredita que no próximo mês de julho a cidade terá inaugurado o Museu de Arqueologia da cidade, segundo avaliação conjunta entre ele, autoridades locais, representantes de ongs e o arqueólogo Paulo Zanettini. A mineradora Santa Elina vai patrocinar o empreendimento que, provavelmente, será aberto ao público na tradicional Festança que ocorre todos os anos em julho.
João Carlos ressaltou o potencial arqueológico de toda aquela região. Na semana passada, elle conferiu a exposição arqueológica aberta há poucos dias em Vila Bela, onde se encantou com pedaços de louças e porcelana chinesa, entre outras peças. Ele mencionou, ainda, investigações arqueológicas preliminares que estão sendo feitas na região de São Francisco Xavier.
A recuperação dos poços da cidade está entre as ações que a Secretaria tem apoiado naquela cidade. Já são 34 os poços catalogados, mas há informação de que existem em torno de 60 poços em Vila Bela, construídos em pedra canga com aroeira no fundo. Um desses poços já foi restaurado e será inaugurado também em julho.
O marco inicial desse município se deu às margens do rio Guaporé com a serra de Ricardo Franco ao fundo, configurando-se uma paisagem espetacular, de onde originou-se o nome ‘Vila Bela’. E é justamente nessa área onde nasceu a cidade que situam-se as mais antigas edificações da região, tombadas pelo Estado em 1984, e também onde está localizado o Complexo Arqueológico Santo Antônio dos Militares. Há aproximadamente 15 dias aconteceu um desmoronamento de parte do aterro murado dessa antiga construção.
O arqueólogo Paulo Zanettini e o fotógrafo Mário Friedländer fazem parte da equipe que desenvolve o Fronteira Ocidental e, constantemente, se deparam com problemas originados pelo mau uso da área onde estão as edificações e o complexo arqueológico mencionados. “São apenas quatro famílias residindo naquela área que tem 1,5 hectare”, explica Friedlander. Ele frisa que as articulações são todas no sentido de que a retirada das pessoas que habitam a área não cause qualquer espécie de problema social e que a própria Câmara dos Vereadores do município já tomou iniciativas para a transferência dessas famílias para outra área.
Friedlander destaca ainda que a Promotoria de Justiça de Vila Bela já vem intervindo e que a Assessoria Jurídica da Prefeitura local já estipulou a data limite da desocupação da área, que é em 21 de outubro.
A Secretaria de Estado de Cultura, órgão gestor do Fronteira Ocidental, tem se preocupado com essa questão. A recuperação e revitalização do patrimônio histórico, aliás, tem sido uma das frentes do atual governo no setor cultural. O próprio secretário, João Carlos Vicente Ferreira, já esteve na cidade várias vezes para acompanhar de perto a execução do projeto.
No que se refere aos estudos arqueológicos também há muito interesse, uma vez que Vila Bela é uma das regiões que já foi a mais densamente habitada em Mato Grosso, inclusive, com enorme diversidade de etnias. Em cerca de três anos de pesquisa o material já encontrado sugere indícios da presença humana datada de aproximadamente 20 mil anos na região. “É necessário que toda a população local entenda que o patrimônio histórico e arqueológico deve tornar-se, inclusive, uma fonte de renda para a região”, sustenta João Carlos.
AÇÕES DIVERSIFICADAS
O secretário de Estado de Cultura, João Carlos Vicente Ferreira, acredita que no próximo mês de julho a cidade terá inaugurado o Museu de Arqueologia da cidade, segundo avaliação conjunta entre ele, autoridades locais, representantes de ongs e o arqueólogo Paulo Zanettini. A mineradora Santa Elina vai patrocinar o empreendimento que, provavelmente, será aberto ao público na tradicional Festança que ocorre todos os anos em julho.
João Carlos ressaltou o potencial arqueológico de toda aquela região. Na semana passada, elle conferiu a exposição arqueológica aberta há poucos dias em Vila Bela, onde se encantou com pedaços de louças e porcelana chinesa, entre outras peças. Ele mencionou, ainda, investigações arqueológicas preliminares que estão sendo feitas na região de São Francisco Xavier.
A recuperação dos poços da cidade está entre as ações que a Secretaria tem apoiado naquela cidade. Já são 34 os poços catalogados, mas há informação de que existem em torno de 60 poços em Vila Bela, construídos em pedra canga com aroeira no fundo. Um desses poços já foi restaurado e será inaugurado também em julho.
Fonte:
Assesoria/sec-mt
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/352699/visualizar/
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