Repórter News - reporternews.com.br
Curso fortalece a agricultura familiar no município de Arenápolis
Setenta e uma famílias da Vila Rural Imaculado Coração de Maria do município de Arenápolis (258 km a Médio-Norte de Cuiabá) participaram no último final de semana, de um curso de capacitação em agricultura alternativa, promovido pelo Intermat em parceria com a Seder e a Setec.
O curso ensinou as famílias de agricultores, alternativas viáveis para serem usadas nas propriedades, utilizando substâncias e técnicas já conhecidas do homem do campo para melhorar a agricultura de subsistência e agregar mais valor ao que produzem.
As famílias aprenderam a fazer ração alternativa de mandioca para criação de frango semi-caipira, carneiro, cabrito e outros animais de pequeno porte. Da mandioca elas ainda aprenderam a selecionar as melhores manivas (parte da rama usada para plantar) e como tirar proveito do produto na alimentação.
Técnica de fabricação de esterco e adubo orgânico e a cultura do cará e do inhame foram trabalhadas para dar uma margem da variedade de opções que o agricultor tem a sua disposição no campo.
De acordo com o engenheiro Agrônomo Medson Janer da Silva, o Brasil tem 150 mil pequenos agricultores e 80% do alimento que vai para a mesa do brasileiro vem da agricultura familiar, onde a cada 6 hectares surge um emprego.
“A agricultura familiar é um negócio. Um negócio tão grande como é uma fazenda de soja ou de cana, e tão grande pode ser um negócio de 1,5 hectare de terra. O que o homem do campo precisa é de organização e organização passa pela cooperativa, pelo associativismo, pela gestão empresarial do agronegócio familiar. O agricultor precisa entender que ele pode ganhar dinheiro como uma empresa rural”, explica.
Segundo Medson, o agricultor familiar tem a tradição do campo, do saber e fazer, o que ele precisa é aprender a trabalhar com aquilo que ele tem na sua propriedade, com os produtos da terra. O professor demonstra que em 2 hectares de terra, um de mandioca e outro com criação de frango caipira pode render para o pequeno agricultor R$ 1 mil reais por mês.
O Governo Federal libera todo ano mais de 33 bilhões para a agricultura industrial contra 7 milhões para a agricultura familiar. Mas, mesmo o investimento sendo menor, o pequeno agricultor não está sabendo como aproveitar esse recurso.
Por falta de conhecimento ou de informação o produtor acaba investindo de forma errada ou deixando de pegar o dinheiro, diz o superintendente de agricultura familiar da Seder, Amarildo Melo Duarte.
“É preciso informar mais os agricultores sobre as linhas de créditos disponíveis para que eles possam utilizar e investir melhor na produção, e essa é uma das preocupações do Governo atual”, afirma.
Conforme o presidente do Intermat, Jair Mariano, o curso beneficiará todas as famílias de municípios onde o Programa Nossa Terra, Nossa Gente já foi implantado. “A capacitação atingirá todos as famílias assentadas, porque o Governo quer reforçar e criar alternativas econômicas viáveis para consolidar o Programa”.
Mariano conclui diz ainda que "precisamos oferecer estrutura para o pequeno produtor. Queremos que o agricultor saia desses cursos com uma formatação de como trabalhar no campo, muito mais definida daquela que ele já tem hoje", explicou.
As famílias saíram do curso com idéias para montar pequenos negócios, mas sabendo da necessidade de associarem e de se unirem em forma de cooperativa para ganhar força no mercado.
“Nos queremos isso aí, temos que conversar alí na nossa terra, porque nós estamos falando do nosso futuro, da nossa empresa. Se não for em conjunto não funciona”, disse o agricultor Waldomiro Pires, o “Neguinho” como é conhecido por todos no assentamento.
O parceleiro Raimundo Rodrigues Santos, 60 anos, viúvo e pai de 8 filhos, mora num lote de 2 hectares com uma das filhas, diz estar muito feliz com o seu pedaço de terra. Seu sonho é montar um pequeno engenho de moer cana para fazer rapadura. Ele também fala da vontade de criar suíno caipira para vender, diz que é muito procurado na região.
Segundo ele, tudo vai ficar mais fácil, agora que aprendeu a fazer a ração alternativa para animais e o adubo da folha de mandioca.”Vai ser muito proveitoso na minha roça”, completa.
Na chácara do casal José João de Oliveira, 65 anos, e Dona Evani Lima de Oliveira, tem de tudo um pouco plantado, desde da banana, a mandioca, o milho até o gergelim que dona Evani usa para fazer óleo. Ela pensa em reunir as outras mulheres para fabricar doces caseiros e utilizar todo o potencial da banana da terra para comercializar.
“Eu to achando bom esse curso, mas a gente precisa se unir, não adianta um querer uma coisa e o outro querer outra coisa, nos temos que ter união, e escolher uma coisa que seja boa para todos”, fala.
Dona Evani conta, que já consegue tirar R$ 91 reais por feira com a venda de banana. Mesmo com toda a dificuldade de transporte que o casal enfrenta, para levar os produtos para feira, que muitas vezes é feito nas costa ou no carrinho de mão que acabaram de comprar, eles não reclamam. Dona Evani fala emocionada, agradece todos os dias a Deus e ao Governo pelo pedaço de terra que ganhou.
O curso ensinou as famílias de agricultores, alternativas viáveis para serem usadas nas propriedades, utilizando substâncias e técnicas já conhecidas do homem do campo para melhorar a agricultura de subsistência e agregar mais valor ao que produzem.
As famílias aprenderam a fazer ração alternativa de mandioca para criação de frango semi-caipira, carneiro, cabrito e outros animais de pequeno porte. Da mandioca elas ainda aprenderam a selecionar as melhores manivas (parte da rama usada para plantar) e como tirar proveito do produto na alimentação.
Técnica de fabricação de esterco e adubo orgânico e a cultura do cará e do inhame foram trabalhadas para dar uma margem da variedade de opções que o agricultor tem a sua disposição no campo.
De acordo com o engenheiro Agrônomo Medson Janer da Silva, o Brasil tem 150 mil pequenos agricultores e 80% do alimento que vai para a mesa do brasileiro vem da agricultura familiar, onde a cada 6 hectares surge um emprego.
“A agricultura familiar é um negócio. Um negócio tão grande como é uma fazenda de soja ou de cana, e tão grande pode ser um negócio de 1,5 hectare de terra. O que o homem do campo precisa é de organização e organização passa pela cooperativa, pelo associativismo, pela gestão empresarial do agronegócio familiar. O agricultor precisa entender que ele pode ganhar dinheiro como uma empresa rural”, explica.
Segundo Medson, o agricultor familiar tem a tradição do campo, do saber e fazer, o que ele precisa é aprender a trabalhar com aquilo que ele tem na sua propriedade, com os produtos da terra. O professor demonstra que em 2 hectares de terra, um de mandioca e outro com criação de frango caipira pode render para o pequeno agricultor R$ 1 mil reais por mês.
O Governo Federal libera todo ano mais de 33 bilhões para a agricultura industrial contra 7 milhões para a agricultura familiar. Mas, mesmo o investimento sendo menor, o pequeno agricultor não está sabendo como aproveitar esse recurso.
Por falta de conhecimento ou de informação o produtor acaba investindo de forma errada ou deixando de pegar o dinheiro, diz o superintendente de agricultura familiar da Seder, Amarildo Melo Duarte.
“É preciso informar mais os agricultores sobre as linhas de créditos disponíveis para que eles possam utilizar e investir melhor na produção, e essa é uma das preocupações do Governo atual”, afirma.
Conforme o presidente do Intermat, Jair Mariano, o curso beneficiará todas as famílias de municípios onde o Programa Nossa Terra, Nossa Gente já foi implantado. “A capacitação atingirá todos as famílias assentadas, porque o Governo quer reforçar e criar alternativas econômicas viáveis para consolidar o Programa”.
Mariano conclui diz ainda que "precisamos oferecer estrutura para o pequeno produtor. Queremos que o agricultor saia desses cursos com uma formatação de como trabalhar no campo, muito mais definida daquela que ele já tem hoje", explicou.
As famílias saíram do curso com idéias para montar pequenos negócios, mas sabendo da necessidade de associarem e de se unirem em forma de cooperativa para ganhar força no mercado.
“Nos queremos isso aí, temos que conversar alí na nossa terra, porque nós estamos falando do nosso futuro, da nossa empresa. Se não for em conjunto não funciona”, disse o agricultor Waldomiro Pires, o “Neguinho” como é conhecido por todos no assentamento.
O parceleiro Raimundo Rodrigues Santos, 60 anos, viúvo e pai de 8 filhos, mora num lote de 2 hectares com uma das filhas, diz estar muito feliz com o seu pedaço de terra. Seu sonho é montar um pequeno engenho de moer cana para fazer rapadura. Ele também fala da vontade de criar suíno caipira para vender, diz que é muito procurado na região.
Segundo ele, tudo vai ficar mais fácil, agora que aprendeu a fazer a ração alternativa para animais e o adubo da folha de mandioca.”Vai ser muito proveitoso na minha roça”, completa.
Na chácara do casal José João de Oliveira, 65 anos, e Dona Evani Lima de Oliveira, tem de tudo um pouco plantado, desde da banana, a mandioca, o milho até o gergelim que dona Evani usa para fazer óleo. Ela pensa em reunir as outras mulheres para fabricar doces caseiros e utilizar todo o potencial da banana da terra para comercializar.
“Eu to achando bom esse curso, mas a gente precisa se unir, não adianta um querer uma coisa e o outro querer outra coisa, nos temos que ter união, e escolher uma coisa que seja boa para todos”, fala.
Dona Evani conta, que já consegue tirar R$ 91 reais por feira com a venda de banana. Mesmo com toda a dificuldade de transporte que o casal enfrenta, para levar os produtos para feira, que muitas vezes é feito nas costa ou no carrinho de mão que acabaram de comprar, eles não reclamam. Dona Evani fala emocionada, agradece todos os dias a Deus e ao Governo pelo pedaço de terra que ganhou.
Fonte:
Intermat
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/352730/visualizar/
Comentários