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Força Sindical protesta contra juros altos
Brasília - Duas manifestações foram realizadas hoje na Esplanada dos Ministérios. Na primeira, servidores públicos federais protestaram contra o achatamento salarial da categoria, em uma tenda grande, perto da Catedral. Na segunda, do outro lado da esplanada, em frente ao Ministério da Fazenda, dirigentes sindicais ligados à Força Sindical armaram mais de 100 barracas de camping, tipo canadense, para acampamento de vigília contra a alta das taxas de juros.
De acordo com o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, cerca de 300 dirigentes sindicais de São Paulo e estados vizinhos ficarão acampados no local até amanhã (16), quando chegarão mais dirigentes sindicais ligados à Central Geral dos Trabalhadores (CGT) para "reforçar" o movimento. Segundo ele, a expectativa é de que sindicalistas do Distrito Federal também participem.
"Só arredaremos pé depois do anúncio da taxa básica de juros", amanhã, pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, garantiu o presidente do sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Heleno José Bezerra. Pernambucano de Garanhuns, terra do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele ressaltou que "ninguém agüenta mais as taxas escorchantes no crédito pessoal".
As empresas que não têm produção voltada para as exportações também sofrem com o crédito caro e com a carga tributária "muito pesada", o que fatalmente vai desembocar em redução do emprego, acrescentou. Bezerra disse que o governo alardeia o fato de a indústria estar trabalhando no limite de sua capacidade; mas ressaltou que isso acontece somente nas empresas que têm produção voltada para as exportações.
Segundo ele, fabricantes da linha branca (fogões, geladeiras, freezers e outros) estão trabalhando aquém das possibilidades mínimas necessárias para se manterem no mercado. Heleno Bezerra disse que a Metalfrio, por exemplo, está produzindo apenas durante um dia por semana; a Cardal trabalha dois dias; e a Multibrás ainda não mandou funcionários embora porque tem um acordo de garantia de emprego por 60 dias. "Mas, e quando esse acordo acabar?", perguntou o sindicalista.
"É contra os juros altos e o desemprego que isso pode acarretar que resolvemos vir a Brasília", afirmou o secretário da Força Sindical. João Carlos disse que centrou o movimento nos sindicatos de São Paulo e municípios vizinhos porque a mobilização na região é mais fácil e barata. Segundo ele, o protesto está orçado em R$ 50 mil, e cada sindicato arca com despesas de transportes e alimentação de seus filiados.
O primeiro ponto do movimento será uma passeata, marcada para as 15 horas, até o Banco Central, no mesmo horário em que deve começar a reunião mensal do Copom. No início da noite, os manifestantes acenderão mil velas em frente ao BC, para simbolizar a vigília contra o aumento da taxa de juros, retomado em setembro do ano passado.
Uma delegação dos dirigentes sindicais será recebida em audiência pelo ministro do Trabalho e Emprego, Ricardo Berzoini, às 10 horas de amanhã. Depois, eles prometem fazer uma "sardinhada" em frente ao BC, ao meio-dia, e lá permanecerão durante parte da tarde, retornando ao acampamento para missa, às 18 horas, e encerramento do movimento, com o anúncio da decisão do Copom.
De acordo com o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, cerca de 300 dirigentes sindicais de São Paulo e estados vizinhos ficarão acampados no local até amanhã (16), quando chegarão mais dirigentes sindicais ligados à Central Geral dos Trabalhadores (CGT) para "reforçar" o movimento. Segundo ele, a expectativa é de que sindicalistas do Distrito Federal também participem.
"Só arredaremos pé depois do anúncio da taxa básica de juros", amanhã, pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, garantiu o presidente do sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Heleno José Bezerra. Pernambucano de Garanhuns, terra do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele ressaltou que "ninguém agüenta mais as taxas escorchantes no crédito pessoal".
As empresas que não têm produção voltada para as exportações também sofrem com o crédito caro e com a carga tributária "muito pesada", o que fatalmente vai desembocar em redução do emprego, acrescentou. Bezerra disse que o governo alardeia o fato de a indústria estar trabalhando no limite de sua capacidade; mas ressaltou que isso acontece somente nas empresas que têm produção voltada para as exportações.
Segundo ele, fabricantes da linha branca (fogões, geladeiras, freezers e outros) estão trabalhando aquém das possibilidades mínimas necessárias para se manterem no mercado. Heleno Bezerra disse que a Metalfrio, por exemplo, está produzindo apenas durante um dia por semana; a Cardal trabalha dois dias; e a Multibrás ainda não mandou funcionários embora porque tem um acordo de garantia de emprego por 60 dias. "Mas, e quando esse acordo acabar?", perguntou o sindicalista.
"É contra os juros altos e o desemprego que isso pode acarretar que resolvemos vir a Brasília", afirmou o secretário da Força Sindical. João Carlos disse que centrou o movimento nos sindicatos de São Paulo e municípios vizinhos porque a mobilização na região é mais fácil e barata. Segundo ele, o protesto está orçado em R$ 50 mil, e cada sindicato arca com despesas de transportes e alimentação de seus filiados.
O primeiro ponto do movimento será uma passeata, marcada para as 15 horas, até o Banco Central, no mesmo horário em que deve começar a reunião mensal do Copom. No início da noite, os manifestantes acenderão mil velas em frente ao BC, para simbolizar a vigília contra o aumento da taxa de juros, retomado em setembro do ano passado.
Uma delegação dos dirigentes sindicais será recebida em audiência pelo ministro do Trabalho e Emprego, Ricardo Berzoini, às 10 horas de amanhã. Depois, eles prometem fazer uma "sardinhada" em frente ao BC, ao meio-dia, e lá permanecerão durante parte da tarde, retornando ao acampamento para missa, às 18 horas, e encerramento do movimento, com o anúncio da decisão do Copom.
Fonte:
Agência Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/352751/visualizar/
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