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Economia
Terça - 15 de Março de 2005 às 12:10

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Membros da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) consideraram viável a proposta da Arábia Saudita feita ontem, de aumentar em 500 mil barris a cota oficial de produção do cartel (27 milhões de barris por dia), mas disseram que isso pode não conter a escalada de preços.

Às 8h02, o barril para entrega em abril estava cotado a US$ 55,14 (alta de 0,34%) na pré-abertura da Bolsa Mercantil de Nova York. O barril do petróleo Brent, negociado em Londres, estava cotado a US$ 53,70, alta de 0,04%.

Mesmo com a produção diária de petróleo perto de seu nível máximo, ainda há o temor de que não haja como atender a crescente demanda do mercado pela commodity.

"[Os preços] estão muito altos, mas não se deve culpar a Opep", disse o ministro do Petróleo do Qatar, Abdullah al Attiyah. "A Opep tem feito tudo que pode fazer. Isso está fora do controle da Opep." "Não há muito que possamos fazer. Podemos fazer um gesto de boa vontade, no entanto", disse o ministro do Petróleo da Argélia, Chakib Khelil.

O ministro saudita do Petróleo, Ali al Naimi, propôs o aumento devido à preocupação de que os altos preços possam desacelerar a economia mundial. "Estamos preocupadois com os preços, com o crescimento econômico e principalmente com o crescimento econômico nos países em desenvolvimento", disse Al Naimi.

O ministro da Energia líbio, Fathi Omar bin Shatwan, disse, no entanto, que mesmo a US$ 60 não haveria impacto sobre a economia.

Demanda em alta

O ministro saudita disse hoje que é preciso aumentar a cota agora para prevenir escassez, já que no segundo semestre deste ano a demanda deve crescer em mais de dois milhões de barris por dia.

"Prevemos um aumento considerável [da demanda], da ordem de mais de dois milhões de barris por dia entre o terceiro e o quarto trimestres deste ano", disse.

O cartel deve se reunir amanhã, no Irã, para decidir o que será feito da cota oficial de produção de seus países-membros.





Fonte: 24 Horas News

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