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Lavagna diz que inflação na Argentina não passará de 10,5%
Buenos Aires - O ministro da Economia da Argentina, Roberto Lavagna, declarou que a inflação de 2005 ficará entre 8% e 10,5%. Segundo o ministro, essa é a faixa prevista no Orçamento Nacional deste ano. Desta forma, Lavagna tentou colocar panos quentes sobre as especulações que surgiram na capital argentina nos últimos dias sobre uma eventual disparada da inflação, que levaria o índice a mais de dois dígitos.
O sinal de alerta soou semanas atrás, quando foi divulgado que a inflação acumulada do primeiro bimestre era de 2,5%. Isso equivalia a um terço da previsão dos 8% da faixa prevista no Orçamento. Diversos analistas calculam que a inflação argentina passará a faixa de 12%.
O presidente Néstor Kirchner iniciou na semana passada uma "cruzada" contra a inflação, ao desatar uma campanha contra o aumento dos preços. O primeiro alvo da ira presidencial foram as empresas de combustíveis, principalmente a Shell. Segundo analistas políticos, Kirchner está tomando várias empresas privadas como bodes expiatórios para aumentar sua popularidade. O presidente precisa melhorar sua imagem entre a população, já que em outubro enfrentará decisivas eleições parlamentares, que definirão a balança do poder nos restantes dois anos de governo.
Nesta terça-feira à tarde, associações de consumidores, desempregados e sindicalistas realizarão um panelaço ao redor do Obelisco - o monumento símbolo de Buenos Aires - em protesto contra o crescimento da inflação.
Fantasma - O Fundo Monetário Internacional (FMI) considera que o governo Kirchner precisa tomar medidas imediatas para deter a alta da inflação. Segundo informações extra-oficiais, durante a reunião realizada há uma semana entre o Ministro da Economia, Roberto Lavagna, e o diretor do FMI, Rodrigo De Rato, este último teria exigido que, se fosse necessário, o governo argentino precisaria "esfriar" o crescimento da economia.
Os argentinos têm uma relação sui generis com a inflação, já que o país viveu em duas ocasiões fases de hiperinflação. A primeira ocorreu em 1989, quando chegou a 4.923,6% no ano, levando o governo do presidente Raúl Alfonsín à renúncia. Um ano depois, seu sucessor, o presidente Carlos Menem, enfrentou um novo período hiperinflacionário, que chegou a 1.343,9%.
No entanto, em março de 1991, Menem estabeleceu a conversibilidade econômica (paridade entre o dólar e o peso). O sistema foi eficaz para liquidar a inflação a curto prazo, inaugurando um período de uma década na qual houve vários anos de deflação.
O fim da conversibilidade, em janeiro de 2002 levou a Argentina a uma desvalorização desordenada da moeda. A inflação ressurgiu com força, mas foi controlada meses depois graças a Roberto Lavagna, convocado às pressas em abril de 2002 para ocupar o posto de Ministro da Economia pelo presidente provisório, Eduardo Duhalde.
O sinal de alerta soou semanas atrás, quando foi divulgado que a inflação acumulada do primeiro bimestre era de 2,5%. Isso equivalia a um terço da previsão dos 8% da faixa prevista no Orçamento. Diversos analistas calculam que a inflação argentina passará a faixa de 12%.
O presidente Néstor Kirchner iniciou na semana passada uma "cruzada" contra a inflação, ao desatar uma campanha contra o aumento dos preços. O primeiro alvo da ira presidencial foram as empresas de combustíveis, principalmente a Shell. Segundo analistas políticos, Kirchner está tomando várias empresas privadas como bodes expiatórios para aumentar sua popularidade. O presidente precisa melhorar sua imagem entre a população, já que em outubro enfrentará decisivas eleições parlamentares, que definirão a balança do poder nos restantes dois anos de governo.
Nesta terça-feira à tarde, associações de consumidores, desempregados e sindicalistas realizarão um panelaço ao redor do Obelisco - o monumento símbolo de Buenos Aires - em protesto contra o crescimento da inflação.
Fantasma - O Fundo Monetário Internacional (FMI) considera que o governo Kirchner precisa tomar medidas imediatas para deter a alta da inflação. Segundo informações extra-oficiais, durante a reunião realizada há uma semana entre o Ministro da Economia, Roberto Lavagna, e o diretor do FMI, Rodrigo De Rato, este último teria exigido que, se fosse necessário, o governo argentino precisaria "esfriar" o crescimento da economia.
Os argentinos têm uma relação sui generis com a inflação, já que o país viveu em duas ocasiões fases de hiperinflação. A primeira ocorreu em 1989, quando chegou a 4.923,6% no ano, levando o governo do presidente Raúl Alfonsín à renúncia. Um ano depois, seu sucessor, o presidente Carlos Menem, enfrentou um novo período hiperinflacionário, que chegou a 1.343,9%.
No entanto, em março de 1991, Menem estabeleceu a conversibilidade econômica (paridade entre o dólar e o peso). O sistema foi eficaz para liquidar a inflação a curto prazo, inaugurando um período de uma década na qual houve vários anos de deflação.
O fim da conversibilidade, em janeiro de 2002 levou a Argentina a uma desvalorização desordenada da moeda. A inflação ressurgiu com força, mas foi controlada meses depois graças a Roberto Lavagna, convocado às pressas em abril de 2002 para ocupar o posto de Ministro da Economia pelo presidente provisório, Eduardo Duhalde.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/352856/visualizar/
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