Ex-deputado de MT lidera o ranking dos "caloteiros" da Câmara Federal
A dívida de Rogério ultrapassa R$ 107,3 mil. O valor é proveniente de contas de telefone não pagas. A Câmara dos Deputados informa que o débito do ex-parlamentar está sob avaliação, mas não detalhou o procedimento.
O ex-parlamentar, que tinha base eleitoral em Alta Floresta, era ligado a políticos do naipe do presidente da Assembleia Legislativa José Riva (PSD, ex-PP) e do deputado federal Pedro Henry (PP), condenado pelo Supremo Tribunal Federal por participação no esquema do Mensalão. Na época da cassação, Rogério culpou o cacique peemedebista Carlos Bezerra sob alegação que o caso foi orquestrado para beneficiar sua esposa, a atual secretária estadual de Turismo Teté Bezerra (PMDB), na época 1ª suplente.
Rogério foi cassado após denúncia da coligação ligada ao ex governador Blairo Maggi (PR, ex-PPS), à época formada por PPS e PFL. A acusação acatada pelo TSE foi baseada no fato de que, após a eleição de 2002, foram encontrados cadernos com aproximadamente 200 nomes, títulos eleitorais, santinhos e várias fotos do então candidato. Conforme os adversários, o eleitor que tivesse vendido o voto só receberia os R$ 30 prometidos se identificasse entre uma série de fotos a que foi escolhida por Rogério Silva para ir para às urnas.
A lista dos “caloteiros” também inclui o falecido deputado Sérgio Naya (PP-RJ), que alcançou notoriedade por ser proprietário da construtora Sersan, que construiu o edifício Palace 2, no Rio de Janeiro, que acabou desabando em 1998, deixando um saldo de 8 mortos. Na relação também está o ministro do Trabalho Brizola Neto (PDT-RJ).
Outro lado
O ex-deputado federal Rogério Silva, que após a cassação ensaiou concorrer a prefeito de Alta Floresta antes de deixa a cena política, não foi localizado para comentar o caso.
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