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Lula tenta hoje desatar nó da reforma ministerial
Brasília - Na reunião com seus principais auxiliares, marcada para hoje às 9 horas, no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai, enfim, tentar definir sua nova equipe de governo, desatando o principal nó da reforma ministerial: o que fazer com a coordenação política, comandada pelo ministro Aldo Rebelo. Lula quer mantê-lo no Executivo e analisa também a proposta de deixar a coordenação política em uma subsecretaria, vinculada à Casa Civil, como era antes. Mas essa decisão está condicionada ao modelo que o presidente pretende estabelecer para reorganizar o esquema de sustentação política do governo no Congresso.
A reunião de coordenação dará prosseguimento às conversas de ontem à noite, na Granja do Torto, quando Lula convocou os ministros da Casa Civil, José Dirceu, da Fazenda, Antonio Palocci, e da Secretaria de Comunicação, Luiz Gushiken, para uma prévia das discussões de hoje. A maior parte dos ministros estava ontem à noite em Brasília aguardando um chamado do presidente. O próprio Lula brincou nos últimos dias dizendo que ia ligar para cada um, no fim de semana, só para saber se estavam na capital.
Como os presentes na reunião de ontem à noite eram pessoas do núcleo do PT no governo, o objetivo foi discutir o espaço do partido na Esplanada, tendo em vista não só as questões imediatas, como também as alianças possíveis para 2006 no âmbito federal e estadual.
Se prevalecer a idéia de extinguir o status de ministro da Coordenação Política, cuja função passaria a um operador político, o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) poderia assumir a liderança do governo na Câmara, no lugar do deputado Professor Luizinho (PT-SP). Não agrada a Aldo Rebelo, por sua vez, retornar à liderança, cargo que exerceu antes de comandar a Coordenação Política.
Segundo parlamentares do PT, se ocupar um ministério, João Paulo Cunha terá de desistir de concorrer ao governo de São Paulo em 2006, deixando o caminho livre para o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP). Esse seria um dos acordos entre os petistas de São Paulo.
Outro assunto que estará na agenda de Lula com seus auxiliares, na reunião hoje da coordenação de governo, é a denúncia de que o PT teria recebido dinheiro das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) nas eleições de 2002, publicada na edição desta semana da revista Veja. O assunto foi motivo de conversas durante o fim de semana, mas tanto o presidente, quanto o ministro José Dirceu estão convencidos de que as denúncias são "requentadas" e que, portanto, não merecem maiores considerações por parte do governo. Uma manifestação do Planalto sobre o caso dependerá das repercussões da notícia na imprensa e no Congresso.
Expectativa - O clima de expectativa em torno da reforma ministerial deve crescer, até porque o próprio Lula sinalizou que anunciaria as mudanças nesta semana. Os políticos que participam das negociações afirmam, contudo, que o presidente ainda está mexendo nas peças do xadrez.
Especialmente preocupado com a situação de Aldo Rebelo, considerado um auxiliar leal e competente, Lula teve longas conversas com o ministro nos últimos dias, no Palácio do Planalto. Mesmo sofrendo pressões do PT, que deseja seu posto, o ministro continuou cumprindo sua agenda e, ontem cedo estava em Campo Maior, no Piauí, representando o presidente num evento oficial.
Segundo interlocutores do Planalto, Aldo Rebelo poderia ser deslocado para os ministérios da Trabalho ou Defesa. O vice-presidente José Alencar, que na semana passada admitiu deixar a pasta da Defesa, disse ontem que o presidente não havia lhe falado nada sobre o assunto.
Lula ainda não definiu inteiramente, também, o que fazer com o PP e com a senadora Roseana Sarney (PFL-MA), que tem como principais padrinhos políticos no PT o ministro José Dirceu e o senador Mercadante, além da influência do pai, o senador José Sarney (PMDB-AP). Dirceu tem se fortalecido no posto de articulador político, tanto que tem conversado bastante com lideranças partidárias.
Depois de ser cogitada para várias pastas, Roseana foi citada como eventual substituta da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que reassumiria a cadeira de senadora do PT. O governador do Acre, Jorge Viana, quer que Marina tenha mais disponibilidade para se dedicar à política do Estado, mas, ao mesmo tempo, assegurava, anteontem, que ela não deveria deixar cargo. A ministra é o nome mais forte para disputar as eleições de 2006 no Acre.
A reunião de coordenação dará prosseguimento às conversas de ontem à noite, na Granja do Torto, quando Lula convocou os ministros da Casa Civil, José Dirceu, da Fazenda, Antonio Palocci, e da Secretaria de Comunicação, Luiz Gushiken, para uma prévia das discussões de hoje. A maior parte dos ministros estava ontem à noite em Brasília aguardando um chamado do presidente. O próprio Lula brincou nos últimos dias dizendo que ia ligar para cada um, no fim de semana, só para saber se estavam na capital.
Como os presentes na reunião de ontem à noite eram pessoas do núcleo do PT no governo, o objetivo foi discutir o espaço do partido na Esplanada, tendo em vista não só as questões imediatas, como também as alianças possíveis para 2006 no âmbito federal e estadual.
Se prevalecer a idéia de extinguir o status de ministro da Coordenação Política, cuja função passaria a um operador político, o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) poderia assumir a liderança do governo na Câmara, no lugar do deputado Professor Luizinho (PT-SP). Não agrada a Aldo Rebelo, por sua vez, retornar à liderança, cargo que exerceu antes de comandar a Coordenação Política.
Segundo parlamentares do PT, se ocupar um ministério, João Paulo Cunha terá de desistir de concorrer ao governo de São Paulo em 2006, deixando o caminho livre para o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP). Esse seria um dos acordos entre os petistas de São Paulo.
Outro assunto que estará na agenda de Lula com seus auxiliares, na reunião hoje da coordenação de governo, é a denúncia de que o PT teria recebido dinheiro das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) nas eleições de 2002, publicada na edição desta semana da revista Veja. O assunto foi motivo de conversas durante o fim de semana, mas tanto o presidente, quanto o ministro José Dirceu estão convencidos de que as denúncias são "requentadas" e que, portanto, não merecem maiores considerações por parte do governo. Uma manifestação do Planalto sobre o caso dependerá das repercussões da notícia na imprensa e no Congresso.
Expectativa - O clima de expectativa em torno da reforma ministerial deve crescer, até porque o próprio Lula sinalizou que anunciaria as mudanças nesta semana. Os políticos que participam das negociações afirmam, contudo, que o presidente ainda está mexendo nas peças do xadrez.
Especialmente preocupado com a situação de Aldo Rebelo, considerado um auxiliar leal e competente, Lula teve longas conversas com o ministro nos últimos dias, no Palácio do Planalto. Mesmo sofrendo pressões do PT, que deseja seu posto, o ministro continuou cumprindo sua agenda e, ontem cedo estava em Campo Maior, no Piauí, representando o presidente num evento oficial.
Segundo interlocutores do Planalto, Aldo Rebelo poderia ser deslocado para os ministérios da Trabalho ou Defesa. O vice-presidente José Alencar, que na semana passada admitiu deixar a pasta da Defesa, disse ontem que o presidente não havia lhe falado nada sobre o assunto.
Lula ainda não definiu inteiramente, também, o que fazer com o PP e com a senadora Roseana Sarney (PFL-MA), que tem como principais padrinhos políticos no PT o ministro José Dirceu e o senador Mercadante, além da influência do pai, o senador José Sarney (PMDB-AP). Dirceu tem se fortalecido no posto de articulador político, tanto que tem conversado bastante com lideranças partidárias.
Depois de ser cogitada para várias pastas, Roseana foi citada como eventual substituta da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que reassumiria a cadeira de senadora do PT. O governador do Acre, Jorge Viana, quer que Marina tenha mais disponibilidade para se dedicar à política do Estado, mas, ao mesmo tempo, assegurava, anteontem, que ela não deveria deixar cargo. A ministra é o nome mais forte para disputar as eleições de 2006 no Acre.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/353076/visualizar/
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