Repórter News - reporternews.com.br
Seminário atrai público e desmistifica Síndrome de Down
O I Seminário Elos de Inclusão Social com o tema “Síndrome de Down no 3º Milênio”, realizado nos dias 09, 10, 11 e 12 de março foi um sucesso de público. Promovido pela direção do curso de Educação Física da Faculdade de Ciências Sociais e Aplicadas de Diamantino – Uned contou com a presença de 256 pessoas, deste total 108 da comunidade do Médio Norte, e o restante eram acadêmicos.
A abertura do evento foi realizada pelo diretor-geral da Uned, José Pereira Régis. Ele abordou a importância do evento e da ciência da Uned com a responsabilidade social. O curso visa capacitar profissionais, comunidade em geral na relação com a Síndrome de Down.
O coral dos Pequenos Cantores da Igreja Imaculada Conceição cantou o hino de Diamantino e outra música com o tema da Campanha da Fraternidade deste ano.
A palestra do doutor Marcial Galera ensinou que a Síndrome de Down é um “acidente” genético, pela trissomia do cromossomo 21. Uma pessoa sem a doença tem 46 cromossomos divididos em 23 pares, já o Síndrome de Down possui três cópias no cromossomo 21.
A primeira publicação em relação à doença foi em 1866 por John Langdon Down. No artigo, ele fez a descrição de um grupo de crianças com deficiência mental. Ele referiu-se a elas como “mongolóides”, semelhantes aos habitantes da Mongólia, habitantes que o médico inglês julgava ter atraso de desenvolvimento. Esta denominação pejorativa vigora até hoje, mas na comunidade científica, o termo deixou de ser utilizado desde a década de 70.
Em 1959 os pesquisadores Jerome Lejeune e Patrícia Jacobs descobriram a causa do fenótipo específico e a cópia extra de um pequeno cromossomo.
Os portadores da Síndrome de Down apresentam as seguintes características: branquicefalia; tendas palpebrais com inclinação para cima; pregas epicântricas (os olhos são puxados semelhante aos asiáticos); hopotamia orofacial, ou seja, a musculatura facial não é firme; orelha pequena, mãos pequenas, baixa estatura, pescoço curto e língua sucada. As crianças com Síndrome de Down têm até 30 vezes mais chances que uma criança normal a apresentar leucemia. São mais propensas à cataratas e deficiência auditivas.
No Brasil são oito mil casos novos de Síndrome de Down entre os nascidos vivos. A media é de um caso a cada 1000 nascidos vivos. De cada 100 embriões com trissomia do cromossomo 21, apenas 20 conseguem nascer.
As mulheres que engravidam com idade mais avançada tem mais chance em relação as mulheres mais jovens de que seus bebês nasçam com a Síndrome de Down. Para aquelas que engravidam na faixa etária dos 20 anos, a média é de 1 caso a cada 600 nascimentos. Já para mulheres de 35 anos, a proporção é de um 1 caso a cada 370 nascimentos. Para as mulheres que engravidam aos 40 anos, as chances são de aproximadamente 1% e para aquelas com 42 anos, a porcentagem é de 2%.
A dona-de-casa Adriana Romão Oliveira dos Reis, 30 anos, é mãe do pequeno João Gabriel de 11 meses. Ele nasceu com a Síndrome de Down. No início foi um choque, ela passou pela depressão pós-parto. Adriana conta que recebeu a notícia da pior maneira possível. O médico falou para ela que o bebê não era normal, isso ainda na sala de cirurgia. “Ele foi grosseiro”, recorda Adriana.
Hoje, João Gabriel faz fisioterapia e aos pais procuram uma fonoaudióloga para estimular a fala do bebê.
O casal esteve presente todos os dias do Seminário e aplaudem a iniciativa da Uned em discutir um tema relevante para a sociedade.
Geralmente, pais com filhos com a Síndrome de Down tendem a possuir um sentimento de fracasso por não ter gerado um filho normal. Nos primeiros dias de vida da criança, os pais os rejeitam, após essa fase, tendem a distanciar os filhos de outras crianças, um movimento de esconder o seu fracasso.
Ao engravidar, os pais criam um imaginário da criança ideal, mas quando constatam que ela possui limitações motora ou mental, frustram as suas expectativas. Por isso, a necessidade de integrar grupos de pais com as mesmas experiências. “É importante para que eles percebam que há outros pais com os mesmos casos, aí eles se sentem inseridos nesta sociedade”, explica a psicóloga, Rosa Maria Correa da Costa.
Seminário
O evento contou com a presença de autoridades no assunto Síndrome de Down e especialistas, mestres e doutores. A primeira palestra do Seminário foi “Aspectos Clínicos e Biológicos da Síndrome de Down”, com o professor doutor Marcial Francis Galera; seguido de “As inter-relações Down, Família e Sociedade: Uma visão sistêmica do ser”, proferido pela mestre Rosa Maria Correa da Costa.
Na segunda noite, os temas foram “Clonagem e Células Tronco”, “Práticas Pedagógicas de Inclusão de Pessoas Portadoras de Necessidades Especiais nas Classes Regulares de Ensino”, “Riscos e Fatores de Obesidade”, “Educação Física e Inclusão Social”.
Na sexta-feira “Vivências e Experiências de Uma Família com Síndrome de Down”, “Psicomotricidade”, “Fantoche e Corporeidade”.
No sábado, as palestras foram dirigidas apenas para quem trabalha com portadores de Síndrome de Down e para as famílias que tem um excepcional em casa. “Recursos Terapêuticos de Materiais Recicláveis”, ministrado pelos terapeutas ocupacionais, Irismar Peixoto e Jorcy Daniel Sampaio Filho.
O seminário contou com a presença dos profissionais, Clóvis Arantes, coordenador do curso de Educação Física da Univag; Benedito Candelário Sales, fisioterapeuta e educador físico, Claudia Ramos Cabete, fonoaudióloga; Valda Costa Nunes; Mario Luiz Tocantins, presidente da Associação de Pais e Amigos de Portadores de Síndrome de Down (Apae).
A abertura do evento foi realizada pelo diretor-geral da Uned, José Pereira Régis. Ele abordou a importância do evento e da ciência da Uned com a responsabilidade social. O curso visa capacitar profissionais, comunidade em geral na relação com a Síndrome de Down.
O coral dos Pequenos Cantores da Igreja Imaculada Conceição cantou o hino de Diamantino e outra música com o tema da Campanha da Fraternidade deste ano.
A palestra do doutor Marcial Galera ensinou que a Síndrome de Down é um “acidente” genético, pela trissomia do cromossomo 21. Uma pessoa sem a doença tem 46 cromossomos divididos em 23 pares, já o Síndrome de Down possui três cópias no cromossomo 21.
A primeira publicação em relação à doença foi em 1866 por John Langdon Down. No artigo, ele fez a descrição de um grupo de crianças com deficiência mental. Ele referiu-se a elas como “mongolóides”, semelhantes aos habitantes da Mongólia, habitantes que o médico inglês julgava ter atraso de desenvolvimento. Esta denominação pejorativa vigora até hoje, mas na comunidade científica, o termo deixou de ser utilizado desde a década de 70.
Em 1959 os pesquisadores Jerome Lejeune e Patrícia Jacobs descobriram a causa do fenótipo específico e a cópia extra de um pequeno cromossomo.
Os portadores da Síndrome de Down apresentam as seguintes características: branquicefalia; tendas palpebrais com inclinação para cima; pregas epicântricas (os olhos são puxados semelhante aos asiáticos); hopotamia orofacial, ou seja, a musculatura facial não é firme; orelha pequena, mãos pequenas, baixa estatura, pescoço curto e língua sucada. As crianças com Síndrome de Down têm até 30 vezes mais chances que uma criança normal a apresentar leucemia. São mais propensas à cataratas e deficiência auditivas.
No Brasil são oito mil casos novos de Síndrome de Down entre os nascidos vivos. A media é de um caso a cada 1000 nascidos vivos. De cada 100 embriões com trissomia do cromossomo 21, apenas 20 conseguem nascer.
As mulheres que engravidam com idade mais avançada tem mais chance em relação as mulheres mais jovens de que seus bebês nasçam com a Síndrome de Down. Para aquelas que engravidam na faixa etária dos 20 anos, a média é de 1 caso a cada 600 nascimentos. Já para mulheres de 35 anos, a proporção é de um 1 caso a cada 370 nascimentos. Para as mulheres que engravidam aos 40 anos, as chances são de aproximadamente 1% e para aquelas com 42 anos, a porcentagem é de 2%.
A dona-de-casa Adriana Romão Oliveira dos Reis, 30 anos, é mãe do pequeno João Gabriel de 11 meses. Ele nasceu com a Síndrome de Down. No início foi um choque, ela passou pela depressão pós-parto. Adriana conta que recebeu a notícia da pior maneira possível. O médico falou para ela que o bebê não era normal, isso ainda na sala de cirurgia. “Ele foi grosseiro”, recorda Adriana.
Hoje, João Gabriel faz fisioterapia e aos pais procuram uma fonoaudióloga para estimular a fala do bebê.
O casal esteve presente todos os dias do Seminário e aplaudem a iniciativa da Uned em discutir um tema relevante para a sociedade.
Geralmente, pais com filhos com a Síndrome de Down tendem a possuir um sentimento de fracasso por não ter gerado um filho normal. Nos primeiros dias de vida da criança, os pais os rejeitam, após essa fase, tendem a distanciar os filhos de outras crianças, um movimento de esconder o seu fracasso.
Ao engravidar, os pais criam um imaginário da criança ideal, mas quando constatam que ela possui limitações motora ou mental, frustram as suas expectativas. Por isso, a necessidade de integrar grupos de pais com as mesmas experiências. “É importante para que eles percebam que há outros pais com os mesmos casos, aí eles se sentem inseridos nesta sociedade”, explica a psicóloga, Rosa Maria Correa da Costa.
Seminário
O evento contou com a presença de autoridades no assunto Síndrome de Down e especialistas, mestres e doutores. A primeira palestra do Seminário foi “Aspectos Clínicos e Biológicos da Síndrome de Down”, com o professor doutor Marcial Francis Galera; seguido de “As inter-relações Down, Família e Sociedade: Uma visão sistêmica do ser”, proferido pela mestre Rosa Maria Correa da Costa.
Na segunda noite, os temas foram “Clonagem e Células Tronco”, “Práticas Pedagógicas de Inclusão de Pessoas Portadoras de Necessidades Especiais nas Classes Regulares de Ensino”, “Riscos e Fatores de Obesidade”, “Educação Física e Inclusão Social”.
Na sexta-feira “Vivências e Experiências de Uma Família com Síndrome de Down”, “Psicomotricidade”, “Fantoche e Corporeidade”.
No sábado, as palestras foram dirigidas apenas para quem trabalha com portadores de Síndrome de Down e para as famílias que tem um excepcional em casa. “Recursos Terapêuticos de Materiais Recicláveis”, ministrado pelos terapeutas ocupacionais, Irismar Peixoto e Jorcy Daniel Sampaio Filho.
O seminário contou com a presença dos profissionais, Clóvis Arantes, coordenador do curso de Educação Física da Univag; Benedito Candelário Sales, fisioterapeuta e educador físico, Claudia Ramos Cabete, fonoaudióloga; Valda Costa Nunes; Mario Luiz Tocantins, presidente da Associação de Pais e Amigos de Portadores de Síndrome de Down (Apae).
Fonte:
Da Assessoria
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/353094/visualizar/
Comentários