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Mau tempo mata pelo menos 600 no Afegani
São Paulo - Mais de 600 pessoas, a maioria delas crianças, já morreram por causa do rigoroso inverno no Afeganistão, que vem apresentando prolongadas nevascas, fortes chuvas e temperaturas negativas. Em algumas províncias próximas à borda com o Paquistão, lobos famintos vêm atacando crianças igualmente subnutridas.
A Organização das Nações Unidas (ONU) deve declarar em breve uma crise humana para o Afeganistão. Na ausência de estradas ou acesso pelo ar, organizações assistenciais ou militares ocidentais vêm levando mais de um mês para atingirem algumas das vilas castigadas pela neve no oeste e noroeste do país, onde a maior parte das mortes aconteceram.
Apesar de quase meio milhão de pessoas terem recebido ajuda do governo central, das forças da coalizão liderada pelos EUA, da Otan, ONU e ONGs, o auxílio é interrompido freqüentemente por causa do mau tempo. Mesmo na capital Cabul, as crianças em encubadeiras vivem ou morrem dependendo da disponibilidade de eletricidade e, por causa da ausência de aquecimento, a temperatura dentro do hospital chega aos -10ºC.
O programa Mundial de Alimentação da ONU alertou para o perigo de enchentes sem precendentes nas próximas semanas, por causa do degelo da primavera. Quase três anos após a guerra que derrubou o Talebã e trouxe progressos políticos, a falta de infra-estrutura mínima assola o Afeganistão.
Pior do mundo
Estima-se que apenas 6% dos afegãos recebem eletricidade regularmente e a falta de água potável, após seis anos de secas, causa doenças e mortes. A comunidade internacional prometeu US$ 13,4 bilhões em ajuda para o país, ao longo de cinco anos a partir de 2001, cerca de metade do que o governo afegão estimou ser necessário. No entanto, apenas US$ 3.9 bilhões foram liberados até o mês passado para projetos de reconstrução, segundo o Centro para Cooperação Internacional da Universidade de Nova York. Mesmo assim, apenas US$ 900 milhões foram empregados em projetos que já foram completados.
O Iraque vem recebendo muitas vezes essa quantia para reconstrução. A falta de investimentos na agricultura levou os fazendeiros a se dedicarem ao cultivo do ópio, que hoje representa 60% da precária economia do país. O novo relatório do Programa de Desenvolvimento da ONU classifica o Afeganistão em 173º lugar, entre 178 países em desenvolvimento. O relatório conclui que o país tem o pior sistema educacional do mundo e é o líder em mortalidade infantil. A expectativa de vida é de 44 anos, cerca de 20 a menos do que os seus vizinhos.
A Organização das Nações Unidas (ONU) deve declarar em breve uma crise humana para o Afeganistão. Na ausência de estradas ou acesso pelo ar, organizações assistenciais ou militares ocidentais vêm levando mais de um mês para atingirem algumas das vilas castigadas pela neve no oeste e noroeste do país, onde a maior parte das mortes aconteceram.
Apesar de quase meio milhão de pessoas terem recebido ajuda do governo central, das forças da coalizão liderada pelos EUA, da Otan, ONU e ONGs, o auxílio é interrompido freqüentemente por causa do mau tempo. Mesmo na capital Cabul, as crianças em encubadeiras vivem ou morrem dependendo da disponibilidade de eletricidade e, por causa da ausência de aquecimento, a temperatura dentro do hospital chega aos -10ºC.
O programa Mundial de Alimentação da ONU alertou para o perigo de enchentes sem precendentes nas próximas semanas, por causa do degelo da primavera. Quase três anos após a guerra que derrubou o Talebã e trouxe progressos políticos, a falta de infra-estrutura mínima assola o Afeganistão.
Pior do mundo
Estima-se que apenas 6% dos afegãos recebem eletricidade regularmente e a falta de água potável, após seis anos de secas, causa doenças e mortes. A comunidade internacional prometeu US$ 13,4 bilhões em ajuda para o país, ao longo de cinco anos a partir de 2001, cerca de metade do que o governo afegão estimou ser necessário. No entanto, apenas US$ 3.9 bilhões foram liberados até o mês passado para projetos de reconstrução, segundo o Centro para Cooperação Internacional da Universidade de Nova York. Mesmo assim, apenas US$ 900 milhões foram empregados em projetos que já foram completados.
O Iraque vem recebendo muitas vezes essa quantia para reconstrução. A falta de investimentos na agricultura levou os fazendeiros a se dedicarem ao cultivo do ópio, que hoje representa 60% da precária economia do país. O novo relatório do Programa de Desenvolvimento da ONU classifica o Afeganistão em 173º lugar, entre 178 países em desenvolvimento. O relatório conclui que o país tem o pior sistema educacional do mundo e é o líder em mortalidade infantil. A expectativa de vida é de 44 anos, cerca de 20 a menos do que os seus vizinhos.
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/353135/visualizar/
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