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Educadora estuprada na Febem vai processar Estado
São Paulo - Quatro internos da unidade 21 da Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (Febem), em Franco da Rocha (SP), estupraram a educadora D.C.D., de 28 anos, às 20 horas de sexta-feira. A vítima estava sendo mantida refém pelos criminosos em companhia de outras oito mulheres e dois homens - entre eles o seu marido, que é funcionário da mesma unidade. Os bandidos haviam se rebelado ontem de manhã.
Na delegacia, a educadora enviou um bilhete aos jornalistas: "Eu, D.C.D., funcionária da Febem de Franco da Rocha, fui coagida durante a rebelião por 4 adolescentes que consumaram ato sexual comigo, caracterizando estupro. Peço a colaboração de todos em respeitar um momento tão difícil. Assim que estiver melhor me pronunciarei." Seu marido disse que a família está chocada. "Vamos processar o Estado."
A ação dos estupradores começou quando os internos rebelados perceberam a aproximação da Tropa de Choque da Polícia Militar, chamada para restabelecer a ordem na unidade. Dois criminosos armados com facas separaram das mulheres o marido da vítima e o outro funcionário e os levaram para um canto enquanto outros quatro agressores levaram D.C.D. e outra educadora para um dos quartos da unidade. Os quatro mantiveram relações sexuais com D.C.D. durante 40 minutos. A Tropa de Choque entrou na unidade a tempo de evitar o estupro da segunda vítima.
As duas mulheres foram contratadas para trabalhar na Febem há menos de dois meses. Elas substituíam funcionários demitidos em fevereiro, quando o presidente da Fundação, Alexandre de Moraes, mandou embora de uma só vez 1.751 funcionários. Para Febem, a ação dos "adolescentes foi um ato de sadismo".
Revoltados com a falta de segurança, funcionários da Febem prometeram fazer um protesto e paralisar o trabalho na segunda-feira, em Franco da Rocha.
Segundo a direção da Febem, um interno com mais de 18 anos envolvido no crime será enviado para um Centro de Detenção Provisória (CDP) e será processado como estuprador. Os adolescentes serão transferidos de unidade.
O motim na unidade 21 começou na quinta-feira à noite. Por causa dele, todos os internos tiveram as visitas suspensas neste fim de semana. Isso provocou mais confusão na unidade na manhã de hoje. A Tropa de Choque da PM foi novamente chamada para obrigar os internos a entrar em seus quartos, onde ficaram trancados por cinco dias.
Febem nega outros estupros
A Febem informou que não ocorreu nenhum outro abuso sexual contra suas funcionárias além dos casos registrados em Franco da Rocha. O presidente do Sindicato dos Funcionários da Febem, Antonio Gilberto da Silva, havia afirmado que, de quarta-feira até hoje, oito educadoras sociais foram violentadas pelos internos nas unidades de Franco da Rocha, Tatuapé e da Raposo Tavares. "Só na noite de sábado, seis funcionárias - todas recém contratadas - de Franco da Rocha foram violentadas, mas só duas tiveram coragem de registrar boletim de ocorrência na delegacia da cidade." De acordo com ele, na quarta-feira, uma educadora de 19 anos, da Unidade 10 do Tatuapé, foi estuprada por 18 jovens. O mesmo ocorreu com outra, na Unidade 27 da Raposo Tavares. A Febem informou ter certeza de que esses casos não ocorreram. "É impossível que uma funcionária seja violentada numa unidade sem que a direção tome conhecimento."
Para o sindicalista, o "secretário é o principal responsável pelas agressões, pois fragilizou a segurança das unidades, deixando as funcionárias à mercê dos adolescentes", disse. O líder sindical alertou ainda que amanhã devem ocorrer rebeliões nos cinco complexos da Febem em São Paulo. "Soubemos disso pelas mães de alguns internos que pediram para que elas não os visitasse no domingo, porque as unidades do Brás, Raposo Tavares, Tatuapé, Franquinho e Vila Maria vão virar."
Na delegacia, a educadora enviou um bilhete aos jornalistas: "Eu, D.C.D., funcionária da Febem de Franco da Rocha, fui coagida durante a rebelião por 4 adolescentes que consumaram ato sexual comigo, caracterizando estupro. Peço a colaboração de todos em respeitar um momento tão difícil. Assim que estiver melhor me pronunciarei." Seu marido disse que a família está chocada. "Vamos processar o Estado."
A ação dos estupradores começou quando os internos rebelados perceberam a aproximação da Tropa de Choque da Polícia Militar, chamada para restabelecer a ordem na unidade. Dois criminosos armados com facas separaram das mulheres o marido da vítima e o outro funcionário e os levaram para um canto enquanto outros quatro agressores levaram D.C.D. e outra educadora para um dos quartos da unidade. Os quatro mantiveram relações sexuais com D.C.D. durante 40 minutos. A Tropa de Choque entrou na unidade a tempo de evitar o estupro da segunda vítima.
As duas mulheres foram contratadas para trabalhar na Febem há menos de dois meses. Elas substituíam funcionários demitidos em fevereiro, quando o presidente da Fundação, Alexandre de Moraes, mandou embora de uma só vez 1.751 funcionários. Para Febem, a ação dos "adolescentes foi um ato de sadismo".
Revoltados com a falta de segurança, funcionários da Febem prometeram fazer um protesto e paralisar o trabalho na segunda-feira, em Franco da Rocha.
Segundo a direção da Febem, um interno com mais de 18 anos envolvido no crime será enviado para um Centro de Detenção Provisória (CDP) e será processado como estuprador. Os adolescentes serão transferidos de unidade.
O motim na unidade 21 começou na quinta-feira à noite. Por causa dele, todos os internos tiveram as visitas suspensas neste fim de semana. Isso provocou mais confusão na unidade na manhã de hoje. A Tropa de Choque da PM foi novamente chamada para obrigar os internos a entrar em seus quartos, onde ficaram trancados por cinco dias.
Febem nega outros estupros
A Febem informou que não ocorreu nenhum outro abuso sexual contra suas funcionárias além dos casos registrados em Franco da Rocha. O presidente do Sindicato dos Funcionários da Febem, Antonio Gilberto da Silva, havia afirmado que, de quarta-feira até hoje, oito educadoras sociais foram violentadas pelos internos nas unidades de Franco da Rocha, Tatuapé e da Raposo Tavares. "Só na noite de sábado, seis funcionárias - todas recém contratadas - de Franco da Rocha foram violentadas, mas só duas tiveram coragem de registrar boletim de ocorrência na delegacia da cidade." De acordo com ele, na quarta-feira, uma educadora de 19 anos, da Unidade 10 do Tatuapé, foi estuprada por 18 jovens. O mesmo ocorreu com outra, na Unidade 27 da Raposo Tavares. A Febem informou ter certeza de que esses casos não ocorreram. "É impossível que uma funcionária seja violentada numa unidade sem que a direção tome conhecimento."
Para o sindicalista, o "secretário é o principal responsável pelas agressões, pois fragilizou a segurança das unidades, deixando as funcionárias à mercê dos adolescentes", disse. O líder sindical alertou ainda que amanhã devem ocorrer rebeliões nos cinco complexos da Febem em São Paulo. "Soubemos disso pelas mães de alguns internos que pediram para que elas não os visitasse no domingo, porque as unidades do Brás, Raposo Tavares, Tatuapé, Franquinho e Vila Maria vão virar."
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/353145/visualizar/
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