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SIP denuncia problemas com a liberdade de imprensa na AL
A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) comentou hoje, sábado, no Panamá, a "anulaçao total" da liberdade de imprensa em Cuba, os assassinatos de jornalistas e diversos problemas na Venezuela, na Argentina, na Colombia e em outros países.
Cuba sofre uma "anulaçao total da liberdade de imprensa" e, apesar da libertaçao de vários jornalistas em 2004, a imprensa dissidente segue sofrendo a "repressao" do governo, segundo o relatório sobre o país apresentado hoje na reuniao da SIP.
Os jornalistas libertados, como Raúl Rivero, nao podem sair de Cuba, enquanto outros 25 jornalistas presos sofrem humilhaçoes nas prisoes, disse Humberto Castelló, do jornal "El Nuevo Herald", de Miami, que apresentou o relatório.
A SIP enviará em abril uma missao ao Equador por causa das denúncias de supostos abusos e medidas contra a liberdade de expressao.
A organizaçao também realizará, em 12 de abril, em Washington, um "fórum de emergencia" sobre os casos de jornalistas americanos condenados por nao revelar fontes de informaçao.
O presidente da Comissao de Liberdade de Imprensa e Informaçao da SIP, Gonzalo Marroquín, disse à EFE que a Colombia segue sendo "o país mais perigoso" das Américas para se exercer o jornalismo e a Venezuela é o local onde é maior "a política de restriçao à liberdade de imprensa", depois de Cuba.
Na Argentina, acrescentou, "há uma tendencia preocupante" devido à limitaçao do acesso à informaçao, à "manipulaçao do orçamento publicitário" do governo para prejudicar ou favorecer veículos de imprensa e a uma "lei muito perigosa" que limita a liberdade dos jornalistas.
Marroquín lamentou que a reaçao do presidente argentino, Néstor Kirchner, diante da denúncia feita por uma missao da SIP que visitou recentemente a Argentina tenha sido "muito semelhante à de outros governantes" contra a organizaçao.
Durante a reuniao da Comissao de Liberdade de Imprensa, que divulgou os relatórios nacionais, Marroquín comparou Kirchner com seus homólogos de Cuba e Venezuela, Fidel Castro e Hugo Chávez, respectivamente, por suas "atitudes de intolerancia" contra a imprensa.
"Enquanto persistirem atitudes como a de Fidel Castro em Cuba, Hugo Chávez na Venezuela e Néstor Kirchner na Argentina sempre haverá uma voz (na SIP) que se levante" contra eles, disse Marroquín, presidente da "Imprensa Livre" da Guatemala.
O jornalista Bartolomé Mitre, do "La Nación", da Argentina, elogiou o relatório da SIP, mas rejeitou a comparaçao com Castro e Chávez porque "caricaturiza" Kirchner.
O presidente da Comissao de Impunidade, Enrique Santos, do "El Tiempo", de Bogotá, indicou que 288 jornalistas foram assassinados nas Américas desde novembro de 1987, cinco deles desde outubro de 2004 (dois na Colombia e os outros no Haiti, no México e na Nicarágua).
Sobre a Colombia, Santos ressaltou que os assassinatos caíram de sete em 2003 para tres em 2004 e os casos de ameaças contra jornalistas também foram reduzidos de 48 para 23.
No entanto, esclareceu, na Colombia persiste um "ambiente de intimidaçao", atentados, seqüestros e outras açoes contra veículos e jornalistas cometidas por grupos guerrilheiros e paramilitares.
O vice-presidente da SIP para a Venezuela, Juan Manuel Carmona, denunciou que as restriçoes do governo de Chávez contra a imprensa sao "graves" e "ameaçam a paz" do país.
O governo de Chávez é "de corte marxista", que "se cobre com um manto de populismo", e pretende estender a revoluçao cubana a outros países americanos, afirmou Carmona, do jornal "El Impulso".
Uma nova lei venezuelana sobre imprensa "estatiza de fato" a rádio e a televisao privadas com seus regulamentos, enquanto proibiçoes e sançoes do Código Penal "'criminalizam' a dissidencia política e a opiniao", denunciou.
A reuniao da SIP, à qual assistem mais de 350 delegados, começou na sexta-feira, mas será aberta oficialmente amanha pelos presidentes do Panamá e da Colombia, Martin Torrijos e Alvaro Uribe, e terminará na próxima segunda-feira.
Os jornalistas libertados, como Raúl Rivero, nao podem sair de Cuba, enquanto outros 25 jornalistas presos sofrem humilhaçoes nas prisoes, disse Humberto Castelló, do jornal "El Nuevo Herald", de Miami, que apresentou o relatório.
A SIP enviará em abril uma missao ao Equador por causa das denúncias de supostos abusos e medidas contra a liberdade de expressao.
A organizaçao também realizará, em 12 de abril, em Washington, um "fórum de emergencia" sobre os casos de jornalistas americanos condenados por nao revelar fontes de informaçao.
O presidente da Comissao de Liberdade de Imprensa e Informaçao da SIP, Gonzalo Marroquín, disse à EFE que a Colombia segue sendo "o país mais perigoso" das Américas para se exercer o jornalismo e a Venezuela é o local onde é maior "a política de restriçao à liberdade de imprensa", depois de Cuba.
Na Argentina, acrescentou, "há uma tendencia preocupante" devido à limitaçao do acesso à informaçao, à "manipulaçao do orçamento publicitário" do governo para prejudicar ou favorecer veículos de imprensa e a uma "lei muito perigosa" que limita a liberdade dos jornalistas.
Marroquín lamentou que a reaçao do presidente argentino, Néstor Kirchner, diante da denúncia feita por uma missao da SIP que visitou recentemente a Argentina tenha sido "muito semelhante à de outros governantes" contra a organizaçao.
Durante a reuniao da Comissao de Liberdade de Imprensa, que divulgou os relatórios nacionais, Marroquín comparou Kirchner com seus homólogos de Cuba e Venezuela, Fidel Castro e Hugo Chávez, respectivamente, por suas "atitudes de intolerancia" contra a imprensa.
"Enquanto persistirem atitudes como a de Fidel Castro em Cuba, Hugo Chávez na Venezuela e Néstor Kirchner na Argentina sempre haverá uma voz (na SIP) que se levante" contra eles, disse Marroquín, presidente da "Imprensa Livre" da Guatemala.
O jornalista Bartolomé Mitre, do "La Nación", da Argentina, elogiou o relatório da SIP, mas rejeitou a comparaçao com Castro e Chávez porque "caricaturiza" Kirchner.
O presidente da Comissao de Impunidade, Enrique Santos, do "El Tiempo", de Bogotá, indicou que 288 jornalistas foram assassinados nas Américas desde novembro de 1987, cinco deles desde outubro de 2004 (dois na Colombia e os outros no Haiti, no México e na Nicarágua).
Sobre a Colombia, Santos ressaltou que os assassinatos caíram de sete em 2003 para tres em 2004 e os casos de ameaças contra jornalistas também foram reduzidos de 48 para 23.
No entanto, esclareceu, na Colombia persiste um "ambiente de intimidaçao", atentados, seqüestros e outras açoes contra veículos e jornalistas cometidas por grupos guerrilheiros e paramilitares.
O vice-presidente da SIP para a Venezuela, Juan Manuel Carmona, denunciou que as restriçoes do governo de Chávez contra a imprensa sao "graves" e "ameaçam a paz" do país.
O governo de Chávez é "de corte marxista", que "se cobre com um manto de populismo", e pretende estender a revoluçao cubana a outros países americanos, afirmou Carmona, do jornal "El Impulso".
Uma nova lei venezuelana sobre imprensa "estatiza de fato" a rádio e a televisao privadas com seus regulamentos, enquanto proibiçoes e sançoes do Código Penal "'criminalizam' a dissidencia política e a opiniao", denunciou.
A reuniao da SIP, à qual assistem mais de 350 delegados, começou na sexta-feira, mas será aberta oficialmente amanha pelos presidentes do Panamá e da Colombia, Martin Torrijos e Alvaro Uribe, e terminará na próxima segunda-feira.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/353146/visualizar/
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