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Governo sírio aceita retirada total
A Síria se comprometeu ontem, oficialmente e pela primeira vez, a retirar todos os militares e membros dos serviços de inteligência do Líbano. O compromisso foi assumido pelo ditador Bashar al Assad com um emissário do secretário-geral das Nações Unidas, Terje Roed-Larsen.
Durante encontro, na cidade de Aleppo, ao norte da Síria, o alto funcionário da ONU recebeu de Al Assad o compromisso de fechar nas próximas horas um cronograma detalhado de retirada e disse estar "bastante encorajado pela promessa do presidente Assad de cumprir a resolução 1559".
Trata-se de texto aprovado em setembro último, pelo Conselho de Segurança, por iniciativa dos Estados Unidos e da França - em votação da qual o Brasil se absteve - que exigiu que deixassem o Líbano "todas as forças estrangeiras", em clara menção à Síria, único com tropas no país vizinho.
A ditadura de Damasco, cada vez mais isolada no mundo árabe, reagiu em ziguezague depois da crise em que o Líbano mergulhou com o assassinato, em 14 de fevereiro, do premiê Rafik Hariri, adversário da ocupação síria e possivelmente vítima de um atentado que a Síria encomendou.
Manifestações de rua em Beirute exigiram que o país vizinho retirasse suas tropas. Os EUA, a ONU e a União Européia pressionaram no mesmo sentido.
De início, Damasco aceitou concentrar seus 14 mil militares no vale do Bekaa, próximo a sua fronteira, mas em território libanês. Em seguida comprometeu-se a repatriar parte de suas forças.
Na etapa seguinte disse que a retirada se daria em duas etapas, a primeira delas até 31 de março e a segunda, sem prazo definido, para uma retirada total.
Ainda ontem centenas de caminhões transportando soldados cruzaram a fronteira em direção à Síria. Agora o país promete explicitamente retirar todos os militares e seus serviços de inteligência, que aliás interferem de modo direto na política interna do Líbano.
O recuo sírio demonstra que as pressões internacionais foram mais fortes que os efeitos das manifestações desta semana pró-Síria em Beirute, e das quais participaram 500 mil libaneses.
A presença militar síria foi preponderante para pôr fim, há 15 anos, à Guerra Civil libanesa, que se prolongava desde a década de 70. Mas em troca da paz o Líbano foi reduzido à condição de protetorado de Damasco.
Terje Roed-Larsen, o emissário da ONU, disse que na semana que vem apresentará ao secretário-geral, Kofi Annan, um cronograma que o regime sírio já estava preparando, com o detalhamento da repatriação dos militares.
Durante encontro, na cidade de Aleppo, ao norte da Síria, o alto funcionário da ONU recebeu de Al Assad o compromisso de fechar nas próximas horas um cronograma detalhado de retirada e disse estar "bastante encorajado pela promessa do presidente Assad de cumprir a resolução 1559".
Trata-se de texto aprovado em setembro último, pelo Conselho de Segurança, por iniciativa dos Estados Unidos e da França - em votação da qual o Brasil se absteve - que exigiu que deixassem o Líbano "todas as forças estrangeiras", em clara menção à Síria, único com tropas no país vizinho.
A ditadura de Damasco, cada vez mais isolada no mundo árabe, reagiu em ziguezague depois da crise em que o Líbano mergulhou com o assassinato, em 14 de fevereiro, do premiê Rafik Hariri, adversário da ocupação síria e possivelmente vítima de um atentado que a Síria encomendou.
Manifestações de rua em Beirute exigiram que o país vizinho retirasse suas tropas. Os EUA, a ONU e a União Européia pressionaram no mesmo sentido.
De início, Damasco aceitou concentrar seus 14 mil militares no vale do Bekaa, próximo a sua fronteira, mas em território libanês. Em seguida comprometeu-se a repatriar parte de suas forças.
Na etapa seguinte disse que a retirada se daria em duas etapas, a primeira delas até 31 de março e a segunda, sem prazo definido, para uma retirada total.
Ainda ontem centenas de caminhões transportando soldados cruzaram a fronteira em direção à Síria. Agora o país promete explicitamente retirar todos os militares e seus serviços de inteligência, que aliás interferem de modo direto na política interna do Líbano.
O recuo sírio demonstra que as pressões internacionais foram mais fortes que os efeitos das manifestações desta semana pró-Síria em Beirute, e das quais participaram 500 mil libaneses.
A presença militar síria foi preponderante para pôr fim, há 15 anos, à Guerra Civil libanesa, que se prolongava desde a década de 70. Mas em troca da paz o Líbano foi reduzido à condição de protetorado de Damasco.
Terje Roed-Larsen, o emissário da ONU, disse que na semana que vem apresentará ao secretário-geral, Kofi Annan, um cronograma que o regime sírio já estava preparando, com o detalhamento da repatriação dos militares.
Fonte:
FolhaPress
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/353151/visualizar/
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