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Sábado - 12 de Março de 2005 às 17:20
Por: Jorge Eduardo Machado

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Rio - O Instituto Nacional do Câncer (Inca) confirmou para as 16 horas de hoje a reabertura do serviço de emergência do Hospital do Andaraí, na zona norte da cidade. A emergência estava fechada há dois meses. Em nota à imprensa, o Inca, que participa da gestão temporária implantada com a intervenção federal, informou que remédios, material e equipamentos já estão sendo transferidos para todas as unidades que passaram para administração do Ministério da Saúde.

O anúncio da reabertura da emergência do hospital já havia sido feito de manhã pelo secretário de Atenção à Saúde do Ministério, Jorge Solla, e pelo coordenador do comitê gestor das seis unidades da rede municipal nas quais foi decretado estado de calamidade pública, Sérgio Côrtes, em visita ao Hospital Cardoso Fontes, em Jacarepaguá.

De manhã, a interventora federal do Cardoso Fontes, Ana Lipke, que dirige o Hospital dos Servidores do Estado (HSE), esteve reunida com fornecedores da área de saúde. Eles prestam serviços de manutenção de equipamentos para o HSE. O Ministério da Saúde estuda uma forma de ampliar os contratos com hospitais federais para pagar os serviços na unidade. No Cardoso Fontes, a junta será composta pelos diretores que já estavam à frente do hospital e mais cinco funcionários.

Jorge Solla disse que concorda com a opinião de algumas entidades médicas, que se mostraram favoráveis à devolução dos hospitais, quando houver condições de a Prefeitura do Rio retomar a gestão. "Na forma como o Sistema Único de Saúde (SUS) está concebido, seria um atraso os hospitais voltarem para o governo federal. Mas a intervenção é por tempo indeterminado, até que o município possa voltar a gerir os hospitais", explicou o secretário.

Ele reafirmou que a prioridade do comitê gestor para este fim de semana será uma revisão de todos os contratos entre hospitais e fornecedores suspensos por falta de pagamento, com a intenção de renová-los. Aqueles em que houver suspeita de irregularidades serão analisados pela auditoria do Ministério da Saúde, acrescentou.

Segundo o secretário, algumas clínicas privadas de hemodiálise não recebem da prefeitura o pagamento referente ao serviço desde dezembro. "Esses recursos deveriam sair do Fundo Municipal de Saúde, já que a União os repassa mensalmente e eles não podem ser usados para outra finalidade", afirmou Solla, para quem a experiência do SUS é satisfatória, em nível nacional. "O SUS tem a cara da gestão local. Se a prefeitura tem ética, compromisso com a população, funciona, mas, se o prefeito pauta sua atuação por pirotecnia e factóides, o resultado é o que vemos no Rio, com 80% das salas cirúrgicas fechadas e 70% dos leitos dos hospitais desativados."

Já Sérgio Côrtes salientou a necessidade de a população acorrer à rede de atendimento básico (postos de saúde), para não sobrecarregar as emergências. Ele também afirmou que os equipamentos transferidos ontem do Instituto Nacional de Traumato-Ortopedia (Into) para o Cardoso Fontes representarão custo de R$ 300 mil, quando houver a reposição após um processo licitatório.

O coordenador do comitê também antecipou que começará a ser elaborado segunda-feira (14) o edital para contratação temporária de profissionais. Ele disse, entretanto, que ainda não é possível precisar o número de profissionais que serão contratados. Neste fim de semana, especialistas do Into visitam os hospitais Miguel Couto e Souza Aguiar para analisar a carência de ortopedistas.





Fonte: Agência Brasil

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