O diretor da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Nelson Picoli, explica que um dos grandes problemas da falta de pessoal capacitado para atuar no campo é a inovação tecnológica. "Os salários bons deveria sr um atrativo mas não é este a realidade do meio rural". Além disso, ele pontua que as legislações trabalhistas são impeditivas e causam transtornos para o setor.
Para ele, a alternativa para atrair pessoal é a qualificação em massa, principalmente para as mulheres. "As mulheres podem operar as grandes máquinas agrícolas que hoje possuem uma tecnologia alta, tendo cabine fechada e com ar condicionado", diz. Conforme dados coletados durante o Circuito, que foi realizado em outubro, 76% dos produtores da região Oeste entrevistados afirmaram que estão com problema com a mão de obra.
Na comparação com a safra passada houve um incremento de 5 pontos percentuais, considerando que 71% dos produtores afirmaram não possuir pessoal suficiente para atender a demanda de trabalho no campo em 2011. O índice não é menos expressivo na região leste (que passou de 35,3% para 67,9%), no norte (de 53,1% para 68,7%) e no sul (de 55,3% para 62,1%).
O gerente técnico da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja), Neri Ribas, pontua que muito trabalhadores da região sul, por exemplo, estão saindo do campo em busca de oportunidade na cidade. Ele afirma que a falta de qualificação lidera as reclamações, mas que a rotatividade e a indisponibilidade de mão-de-obra assustam os produtores.
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