Rapaz simula seqüestro para extorquir dinheiro da família

Ribeirão Preto - Está preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Ribeirão Preto Carlos Graciano Zanon, de 21 anos, morador em Pontal, acusado de simular o próprio seqüestro para extorquir dinheiro da família. Ele pode pegar uma pena por extorsão que varia entre 6 e 10 anos de reclusão.

Zanon foi preso na tarde de quinta-feira, no centro de Ribeirão Preto. Ele saiu de casa às 20 horas de quarta e a mãe recebeu um telefonema dele, que disfarçava a voz, usando ainda a camisa para abafar o som, às 3 horas da madrugada de quinta. No contato, o filho informou que teria sido seqüestrado e que os bandidos exigiam R$ 2 mil pelo resgate.

Após o contato feito com a mãe, outros quatro foram feitos, também de orelhões, sendo que o padrasto, dono de uma borracharia em Pontal, atendeu todos. O padrasto disse que não tinha condições de pagar o resgate. A polícia de Pontal já havia sido acionada e passou a monitorar as ligações telefônicas, descobrindo que as origens eram mesmo de Ribeirão Preto.

O delegado Carlos Alberto Gomes da Rocha Silva, da DIG de Ribeirão, fez o flagrante de Zanon no final da tarde de quinta, quando o rapaz fazia um novo contato com a família, de um orelhão perto do Santa Úrsula Shopping.

Na delegacia, Zanon disse que a simulação do seqüestro ocorreu porque ele se sentia pressionado, pelo próprio padrasto, a pagar as prestações da casa. Segundo ele, o padrasto conseguiria o empréstimo para o resgate e o dinheiro Zanon daria ao próprio padrasto para pagar as prestações.