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Internacional
Sábado - 24 de Novembro de 2012 às 19:17
Por: MOHAMMED ABBAS

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A Grã-Bretanha afirmou neste sábado que espera realizar uma conferência sobre o fim das armas nucleares no Oriente Médio "o mais rápido possível", depois de os Estados Unidos terem dito que ela não acontecerá no próximo mês.

 

 

O Departamento de Estado norte-americano afirmou na sexta-feira que a conferência "não pôde ser realizada por causa das presentes condições no Oriente Médio e pelo fato de que os Estados da região não chegaram a um acordo sobre condições aceitáveis para a conferência".

 

Mas a Grã-Bretanha, que ao lado de EUA, Rússia e a ONU (Organização das Nações Unidas) é uma das organizadoras do encontro, deixou claro que a conferência só foi adiada, e não cancelada, dizendo que apoiava esforços para realizá-la no próximo ano.

 

"Apoiamos a realização da conferência o mais rápido possível. Endossamos totalmente o trabalho do facilitador da conferência, o subsecretário de Estado da Finlândia Jaakko Laajava, em construir consenso nos próximos passos", afirmou o ministro das Relações Exteriores, Alistair Burt.

 

Washington teme que a conferência, que deveria ser realizada na Finlândia, possa ser usada como fórum para criticar Israel, uma preocupação que deve ter aumentado após os oito dias de hostilidades entre israelenses e palestinos, que acabaram com um cessar-fogo na quarta-feira.

 

Irã e outros estados árabes frequentemente dizem que o suposto poderio nuclear de Israel é uma ameaça à paz e segurança do Oriente Médio. Israel e potências ocidentais veem o Irã como maior ameaça de proliferação nuclear, mas Teerã nega que tenha tais ambições.

 

Como a Índia e o Paquistão, Israel nunca assinou o Tratado de Não-Proliferação Nuclear. O país não confirma nem nega que tenha bombas atômicas, embora especialistas acreditem que a nação possua centenas delas.

 

O Irã, que é rival de Israel, anunciou neste mês que participaria da conferência, mas diplomatas do Ocidente acreditam que Teerã só tomou tal decisão após ter ficado claro que o encontro deveria der adiado.

 

(Reportagem adicional de Fredrik Dahl em Viena)





Fonte: Reuters

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