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Internacional
Sexta - 11 de Março de 2005 às 07:55
Por: Sharm El- Shieik

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Israel e Egito chegaram a um acordo em princípio sobre a retirada israelense de uma zona-tampão na fronteira egípcia da Faixa de Gaza onde a responsabilidade da segurança passará a recair sobre o Cairo, disse hoje (10) em Sharm el-Sheik o ministro da Defesa do Estado judeu, Shaul Mofaz, depois de uma reunião com o presidente do Egito, Hosni Mubarak.

Mubarak exigiu que Israel retirasse seus soldados da região, conhecida como Corredor Filadélfia, durante o processo de desmantelamento de todos os assentamentos judaicos da Faixa de Gaza, medida esta prevista para o meio deste ano. Israel tem admitido a possibilidade de retirar-se da região fronteiriça, mas não pretende fazê-lo imediatamente por causa do tráfico de armas pelos túneis ao longo da fronteira.

Questionado sobre possíveis desentendimentos com relação à fronteira, Mofaz admitiu a jornalistas que "houve alguns desacordos por causa do Corredor Filadélfia". Mas depois de uma reunião com o ministro egípcio da Defesa, Mohamed Hussein Tantawi, ele declarou: "Creio que chegamos a um acordo básico. Precisamos de mais uma reunião para encerrar esse assunto". Num episódio de violência ocorrido nesta quinta-feira, soldados israelenses invadiram a casa de um homem suspeito de participação num atentado que causou a morte de cinco israelenses em Tel-Aviv em 25 de fevereiro e o mataram.

O ataque ocorreu numa aldeia nos arredores de Jenin, no extremo norte da Cisjordânia. Familiares identificaram o suspeito como Mohammed Abu Hazneh, de 28 anos. Ele seria seguidor do grupo guerrilheiro Jihad Islâmica. A ação israelense ameaça uma trégua acertada em fevereiro entre o primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, e o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas no balneário egípcio de Sharm el-Sheik, na costa do Mar Vermelho. O acordo encerrou, pelo menos temporariamente, mais de quatro anos de persistente violência na região.

Enquanto isso, homens armados invadiram nesta quinta-feira uma reunião da facção política palestina Fatah. Eles efetuaram disparos para o alto, forçando os participantes a se dispersarem e desafiando Abbas.

Mais de mil ativistas da governista Fatah participavam da reunião em Ramallah, na Cisjordânia, quando o local foi invadido por militantes das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa. Eles gritavam acusações de cumplicidade e corrupção na ANP.

O incidente provocou questionamentos sobre a autoridade de Abbas em meio à crescente pressão de Israel para que a ANP desarme os militantes palestinos.





Fonte: AE

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