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Cidades/Geral
Sexta - 11 de Março de 2005 às 07:46
Por: ADILSON ROSA

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O bebê Susane Moraes, de dois meses, morreu ontem de madrugada na Santa Casa de Misericórdia após sofrer múltiplas fraturas na cabeça. Ela estava internada em estado grave desde o dia 20 de fevereiro. Segundo a Polícia, o bebê foi espancado pelo tio, Manoel Moraes, de 23 anos, que estava sob efeitos de drogas e, armado com um pedaço de madeira, aplicou uma surra na mãe do bebê, uma adolescente de 17 anos, que estava com a criança no colo e uma outra menor. O fato ocorreu no Jardim Florianópolis, em Cuiabá. Manoel Moraes é irmão da mãe adolescente.

Segundo policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), desde a surra, Manoel reapareceu somente uma vez na casa dele e não foi mais visto.

Ontem de manhã, a avó do bebê, a dona de casa Marcelina Moraes disse não saber onde estava a adolescente (mãe do bebê). A adolescente tinha saído para visitar uma tia no Cristo Rei e não apareceu.

Familiares disseram que a adolescente não sabe quem era o pai do bebê. A garota é usuária de drogas e álcool e nem sempre fica em casa. Susane é a segunda da adolescente, que tem ainda uma menina de dois anos, criada pela avó.

A surra ocorreu no dia 19 e o bebê foi levado para o Pronto Socorro de Cuiabá (PSC). No dia seguinte, ele foi transferido para a Santa Casa. Conforme o prontuário do paciente, assinado pela médica Patrícia Cristina Borges, o bebê chegou em estado de coma à Santa Casa e seu estado piorou.

Sofreu traumatismo múltiplo encefálico, apresentando uma hematoma visível do lado esquerdo da cabeça. Anteontem, estava com dificuldade para respirar e morreu ontem, por volta das 2h30 da madrugada. Desde que foi internado, o bebê não recebeu visitas. Enfermeiros de plantão tinham uma única informação: o bebê estava com a mãe durante uma briga em casa.

Familiares disseram que, após a agressão, a adolescente registrou queixa e foi submetida ao exame de corpo de delito. Familiares não souberam dizer se o caso está na Delegacia do Complexo do CPA ou na Delegacia da Defesa da Mulher.

A delegada Sílvia Pauluzi, que chefia as investigações, deverá ouvir a adolescente nos próximos dias e, em seguida, transferir as investigações para a Delegacia do Complexo do CPA. “Precisamos confirmar as versões dos familiares”, explicou.




Fonte: Diario de Cuiaba

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