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Internacional
Quinta - 10 de Março de 2005 às 15:14

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O rei da Espanha, Juan Carlos I, pediu nesta quinta-feira aos democratas de todo o mundo "unidade, determinação e cooperação" para acabar com "esse delírio sanguinário, totalitário e sempre injustificável" que é o terrorismo.

No encerramento da Cúpula Internacional sobre Democracia, Terrorismo e Segurança de Madri, Juan Carlos I pediu unidade porque, segundo ele, as divisões enfraquecem a luta, e determinação porque a ameaça terrorista "afeta nossos direitos e liberdades fundamentais".

"Enfrentamos um fenômeno que ultrapassa as fronteiras e se instala em outras sociedades", disse, incentivando também a cooperação.

Os três conceitos, segundo ele, fazem lembrar todas as vítimas do terrorismo.

"Suas mortes, suas mutilações e cicatrizes, seu exemplo e valor, nos lembram dia a dia a dívida que temos com todas elas e com suas famílias", acrescentou o rei.

"Não devemos nem queremos esquecer nenhum deles. Todos são igualmente mártires da liberdade e da democracia e, seus familiares, mártires também no sofrimento devido à impiedosa e injustificável perda de seus seres queridos", afirmou.

Juan Carlos I se referiu aos atentados de 11 de março de 2004 em Madri como uma "imensa" tragédia na qual morreram 192 crianças, mulheres e homens, que feriu centenas de pessoas e causou dor e luto a milhares de familiares e a toda a Espanha.

Junto à rainha, o monarca dedicou a mais emocionada homenagem de "reconhecimento e respeito às vítimas, aos feridos que tanto sofreram os estragos da injustiça terrorista e a todos os seus familiares, que merecem todo nosso apoio, solidariedade e afeto.

Nunca poderemos esquecer de seu intenso sofrimento".

Antes de participar da sessão plenária, os reis almoçaram com chefes de Estado e governo e dirigentes das delegações que compareceram à Cúpula.

Juan Carlos I considera que a realização do evento em Madri servirá para reafirmar o compromisso de todos os democratas com os esforços para eliminar o terrorismo.

"Que a Cúpula sirva para mandar uma mensagem clara e unânime aos que praticam, promovem ou amparam o terrorismo. A violência terrorista não tem, nem poderá ter cabimento em nossas sociedades firmemente comprometidas com a defesa da liberdade", insistiu.

O rei incentivou todos os que "compartilham a mesma paixão pela vida, pelos direitos humanos e pela democracia" a reafirmar a condenação à violência terrorista e a redobrar a unidade e determinação para acabar com ela.

Ele lembrou ainda que a Espanha sofre há anos com o terrorismo e o fanatismo "daqueles que matam, ameaçam ou extorquem em nome de ideologias totalitárias e excludentes".





Fonte: EFE

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