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Quinta - 10 de Março de 2005 às 15:10
Por: Gene Emery

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Um sistema de alerta prévio pode ajudar médicos a prevenir muitos casos de trombose venal, a chamada "síndrome da classe econômica", que pode causar coágulos sanguíneos potencialmente fatais, afirmam pesquisadores.

Mais de 2 milhões de norte-americanos desenvolvem coágulos todos os anos, normalmente devido à falta de atividades físicas, ao câncer ou à desidratação.

Sabe-se que trombose venal profunda (TVP) afeta passageiros em viagens aéreas longas e foi por causa de um desses coágulos que morreu o repórter da TV NBC, David Bloom, em 2003, quando cobria a invasão dos Estados Unidos ao Iraque.

Apesar dos coágulos desenvolverem-se muito em pacientes hospitalizados que estão imobilizados, médicos frequentemente não tomam as devidas providências para preveni-los.

Um estudo publicado na edição desta semana do The New England Journal of Medicine testou e experimentou um sistema de alerta computadorizado no hospital Brigham and Women em Boston.

O programa de computador, ligado à base de dados hospitalares do paciente, identificou mais de 2.500 pacientes com risco de desenvolver TVP e que necessitam de tratamento preventivo, como medicamentos anti-coagulantes.

O programa submeteu, aleatoriamente, a metade dos pacientes a um grupo de intervenção no qual os médicos foram advertidos dos riscos de TVP. Os outros pacientes foram designados a um grupo de controle que não contava com sistema de alerta.

O co-autor do estudo, Samuel Goldhaber, e seus colegas descobriram que duas vezes mais pessoas receberam o tratamento como resultado dos alertas computadorizados, produzindo uma queda de 41 por cento no risco de desenvolver a trombose venal profunda ou um embolismo pulmonar, que é causado por coágulos no pulmão.

Apesar do hospital Brigham and Women ter divulgado um relatório dizendo que o sistema tem o potencial de salvar milhares de vidas, os pesquisadores não puderam comprovar isso.. Goldhaber disse que o número de pacientes envolvido pode ter sido pequeno demais para detectar uma redução significativa nas taxas de mortes.

Ainda assim, ele disse que os coágulos são "possíveis de se prevenir" e que os resultados dos estudos podem influenciar outros hospitais a adotarem medidas semelhantes e tratar pacientes em risco.





Fonte: Reuters

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