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Agronegócios
Quinta - 10 de Março de 2005 às 13:02
Por: Fabíola Salvador

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Brasília, 10 - Os custos totais da pecuária de corte subiram 0,22% no mês de janeiro na comparação com o mesmo mês de 2004, mostra levantamento mensal da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP). O levantamento foi feito nos Estados do Centro-Oeste, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia e São Paulo.

No mês de janeiro, os preços médios pagos pela arroba de boi gordo caíram 3,18%. O presidente do Fórum Nacional Permanente de Pecuária Corte, Antenor Nogueira, da CNA, informou que o quadro registrado em janeiro de 2005 repete o que foi registrado no ano passado. "Em 2004, os custos de produção subiram 10,10%, enquanto o preço pago pelo gado caiu 0,03%", afirmou. De acordo com ele, a manutenção do quadro de perda de renda pode comprometer os resultados da atividade no médio prazo, pois o pecuarista está sendo obrigado a vender matrizes para se manter capitalizado. "Ao abater fêmeas, o setor compromete a capacidade de expansão e de reprodução do rebanho no futuro", comentou Nogueira. O rebanho nacional atual é estimado em 193 milhões de cabeças. Em 2004, 35% do total de abate de bovinos foi de fêmeas. "No início deste ano a taxa de abate de matrizes está acima de 50%", disse. Nogueira acrescentou que conversou ontem com o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, e solicitou que o governo abra uma linha de financiamento para que os pecuaristas retenham as matrizes. A reivindicação prevê que cada pecuarista possa ter crédito de R$ 60 mil a R$ 100 mil para manter as matrizes fora da necessidade de abate.





Fonte: Agência Estado

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