Annan pede retirada "total e completa" de tropas sírias do Líbano
Annan fez essa consideração na entrevista coletiva que deu em Madri ao lado do chefe do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, ao ser perguntado pela mobilização impulsionada pelo Hisbolá a favor da permanência das tropas sírias no Líbano.
O secretário-geral da ONU insistiu na necessidade de o objetivo de retirada total dessas forças ser cumprido e disse que poderá falar melhor sobre os prazos quando seu enviado especial voltar da região.
Annan acrescentou que as Nações Unidas estiveram em contato com os governos libanês e sírio, e um representante pessoal irá amanhã para a região.
O responsável da ONU lembrou que a resolução 1.559 do Conselho de Segurança exige que a Síria retire todas suas tropas e o pessoal de segurança do Líbano para território sírio, e os dirigentes deste país manifestaram sua disponibilidade em relação a isso.
Além disso, afirmou, as autoridades sírias referiram-se também ao cumprimento dos acordos de Taef de 1989, que prevêem uma retirada das tropas sírias.
"Do ponto de vista do Conselho de Segurança, o fundamental é que haja uma retirada total e completa (das tropas sírias do Líbano), independente que se baseie na resolução do Conselho de Segurança ou nos acordos de Taef, ou seja decidida pelo governo sírio; o essencial é que a retirada aconteça", disse Annan.
O secretário-geral da ONU está em Madri por causa da cúpula sobre terrorismo que está sendo realizada esta semana, coincidindo com o primeiro ano após os atentados de 11 de março na capital espanhola.
No sábado passado, o presidente sírio, Bachar al Assad, anunciou a retirada gradual dos 14.000 soldados de seu país que estão no Líbano, com uma primeira transferência para o vale de Bekaa e outra posterior, "até a fronteira".
As tropas sírias entraram em território libanês em 1976 com um mandato da Liga Árabe para mediar a guerra civil (1975-1990).
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