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Tecnologia
Quarta - 09 de Março de 2005 às 14:23

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O Brasil está na 46ª posição no ranking dos países mais competitivos quanto à tecnologia da informação e da comunicação (TIC) em 2004, segundo um relatório divulgado hoje pelo Fórum Econômico Mundial. No relatório anterior, o País ocupava a 39ª posição.

O primeiro colocado é a Cingapura e o Chile (35ª) está na melhor posição entre os países da América Latina. "Com exceção do Chile, a maior parte dos países latino-americanos está perdendo terreno em relação a outros países do mundo na corrida de converter a TIC em poderosos motores de crescimento e melhora de competitividade", observa o documento. O levantamento analisa a situação em 104 países.

O relatório coloca pela primeira vez a Cingapura como a primeira economia do mundo em exploração da TIC, seguido por Islândia, Finlândia, Dinamarca, EUA, Suécia, Hong Kong, Japão, Suíça e Canadá.

Entre os países da América Latina e do Caribe, o Chile é o que está em melhor posição (35ª), na frente de outras grandes economias regionais, como Brasil (46ª), México (60ª) e Argentina (76ª). Este último país é superado quanto à penetração e desenvolvimento da TIC por outras economias latino-americanas menores, como Costa Rica (61ª), Uruguai (64ª), Colômbia (66ª), Panamá (69ª) e El Salvador (70ª).

Os especialistas do Fórum consideraram que a região latino-americana, em seu conjunto, tem um marco jurídico deficitário para o desenvolvimento do setor da TIC". Também é destacado como aspecto negativo o fato de que na América Latina os países terem impostos altos, níveis baixos de priorização do desenvolvimento da TIC por parte dos governos, taxas baixas de penetração da internet e uma fuga de profissionais capacitados generalizada, que diminui o potencial de um crescimento mais veloz dos setores relacionados a essas tecnologias.

O economista-chefe do Fórum e co-autor do documento, Augusto López-Claros, pediu aos governos latino-americanos que assumam uma maior liderança política e planejem alguma iniciativa que impulsione a TIC e proporcione incentivos à comunidade empresarial, para não serem superados por outras regiões. A maioria dos países latino-americanos, diz o documento, tiveram queda na classificação relativa entre as 104 economias pesquisadas.

Quanto aos demais países da região, República Dominicana está na 78ª posição, seguida por Venezuela (84ª), Peru (90ª), Equador (95ª), Honduras (97ª), Paraguai (98ª), Bolívia (99ª) e Nicarágua (103ª). "Há 12 países europeus entre os 20 mais bem situados no mundo em termos de rapidez de acesso à rede. Destes 20, 15 têm os maiores níveis de renda per capita no mundo", disse o economista-chefe do Fórum e co-autor do documento.

"Nenhum continente no mundo tem sinergias tão positivas quanto à expansão destas tecnologias e ao alto nível de prosperidade", acrescentou. O documento destaca que entre os países nórdicos, em particular a Islândia, que passou em um ano da 10ª para a 2ª, há um alto grau de penetração das novas tecnologias, inclusive acima das grandes economias da União Européia (UE). Entre os outros países da UE, o mais bem posicionado é o Reino Unido (12ª), seguido por Alemanha (14ª), Holanda (16ª), Luxemburgo (17ª), Áustria (19ª), França (20ª), Irlanda (22ª), Estônia (25ª), Bélgica (26ª), Espanha (29ª), Portugal (30ª) e Itália (45ª).

O documento destaca a queda da Itália, que perdeu 17 posições em apenas um ano. Segundo os especialistas do Fórum, esse retrocesso se deve a uma relativa pobre infra-estrutura de TIC, deficiências em áreas como o sistema educativo e baixos níveis de colaboração entre indústria e universidades.

Em relação à posição de Cingapura, o relatório destaca que o país asiático também está na liderança mundial quanto à educação em matemática e ciências e oferece ligações telefônicas e acesso à internet a bons preços; porque o governo considera a TIC prioritária.

"Nos países situados nas primeiras posições, os governos, as comunidades empresariais e as famílias são grandes usuários das novas tecnologias", afirma o documento. "Além disso, são países que se distinguiram por ter um importante histórico em renovação tecnológica", acrescenta. Os EUA caíram para a 5ª posição, depois de ter liderado em 2003 o ranking, que é apresentado anualmente pelo Fórum e mede o progresso dos países desenvolvidos e em desenvolvimento nesse setor, essencial para o crescimento econômico.





Fonte: EFE

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