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Quarta - 09 de Março de 2005 às 13:35

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Os parlamentares brasileiros não tiveram o aumento de salário de 67% que o presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), queria, mas os principais dirigentes da Fifa aprovaram ontem um aumento de 100% em suas remunerações.

Os 24 membros do Comitê Executivo da máxima entidade do futebol ganhavam US$ 50 mil de salário, mas passarão a receber agora US$ 100 mil. Dentre esses dirigentes está o brasileiro Ricardo Teixeira, presidente da CBF.

A decisão foi tomada ontem, em Zurique, onde esteve reunida a cúpula da Fifa. A proposta de aumento partiu da Comissão de Finanças da entidade, presidida pelo argentino Julio Grondona.

Segundo o que foi divulgado, o aumento nas remunerações dos dirigentes deve-se ao "incremento do volume de trabalho".

A Folha tentou ouvir ontem na Suíça tanto Teixeira quanto Grondona sobre a decisão, mas não conseguiu.

Além do substancial aumento em suas remunerações, os principais dirigentes da Fifa foram agraciados com um sistema de aposentadoria.

Quem já tiver prestado pelo menos oito anos de serviços à Fifa, casos de Teixeira e Grondona, terá direito a uma pensão proporcional ao tempo de "trabalho" na cúpula da Fifa.

O número de anos trabalhados é multiplicado por US$ 3.000. Assim, um dirigente que fica uma década no Comitê Executivo teria uma aposentadoria de US$ 30 mil --Teixeira completa 11 anos no nobre comitê, o que lhe renderia hoje uma pensão de US$ 33 mil.

Grondona, presidente da Associação de Futebol Argentino e que está desde 1988 na cúpula da entidade, terá uma aposentadoria de mais de US$ 50 mil se deixar sua posição na entidade neste ano.

Os dirigentes ganham esse benefício quando deixam a Fifa e ficam com a pensão durante o mesmo período de tempo trabalhado --se Teixeira abandonar a Fifa agora, receberá durante 11 anos a pensão, só perdendo o direito ao benefício em caso de morte.

Outro sul-americano beneficiado é o paraguaio Nicolás Leoz, presidente da Conmebol, que está desde 1998 no Comitê Executivo --o presidente da Fifa, o suíço Joseph Blatter, também está no comitê desde 1998 e terá direito à pensão se terminar seu mandato.

A Fifa diz ter adotado um sistema de aposentadoria nos moldes do que a Uefa, entidade que rege o futebol europeu, proporciona a seus dirigentes. A Europa tem a maioria dos 24 membros do Comitê Executivo --são nove representantes com o sueco Lennart Johansson, presidente da Uefa.





Fonte: 24 Horas News

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