Bomba atinge Bagdá após 41 corpos serem encontrados

Um militante suicida detonou um caminhão de lixo cheio de explosivos perto de um hotel de Bagdá, matando dois policiais na quarta-feira, mesmo dia em que foram encontrados no país 41 corpos, alguns deles por decapitação.

O braço da Al Qaeda no Iraque, liderado pelo militante jordaniano Abu Musab Al Zarqawi, afirmou ter realizado o atentado de Bagdá, que deixou feridas ao menos 20 pessoas.

Os corpos encontrados em Qaim, perto da fronteira com a Síria, e dentro do chamado "triângulo da morte" apresentavam as marcas da insurgência — algumas pessoas foram mortas com tiros na parte de trás da cabeça, outras foram decapitadas.

Os insurgentes, em sua maioria muçulmanos sunitas, continuam realizando ataques suicidas, atentados com carros-bomba e execuções como parte de uma campanha para expulsar as forças estrangeiras do país, comandadas pelos EUA, e desbancar os atuais líderes iraquianos.

A continuidade da violência abalou as esperanças da população e das autoridades iraquianas de que as eleições de 30 de janeiro ajudariam a diminuir a violência na região.

O número de insurgentes parece ter aumentado devido à frustração com a ocupação norte-americana, ao crescente número de vítimas entre civis iraquianos e aos casos de tortura de prisioneiros iraquianos em prisões administradas pelos EUA.

"Nosso irmão Karim ibn Al Karim bin Al Karim, junto com um grupo de mujahideen, atacou o que se deve chamar de o hotel dos judeus porque serve de abrigo para eles", afirmou o grupo de Zarqawi, a Organização Al Qaeda para a Guerra Santa no Iraque, em um comunicado divulgado pela Internet.

Em Qaim, 500 km a oeste de Bagdá, os corpos de 26 pessoas, entre as quais uma mulher, foram encontrados. Um médico afirmou que as vítimas, vestidas como civis, haviam sido mortas a tiros dois dias atrás.

Outros 15 corpos — alguns decapitados outros com tiros — foram achados ao sul de Bagdá.