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Repórter News - reporternews.com.br
Tecnologia
Quarta - 09 de Março de 2005 às 06:49

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A empresa antivírus finlandesa F-Secure anunciou a descoberta do primeiro vírus para celular capaz de infectar aparelhos por meio de mensagens MMS (Multimedia Messaging Service). O serviço MMS é usado para enviar mensagens multimídia, isto é, que contêm não só texto, mas também sons e imagens, como vídeos, fotos e animações.

Batizada de Commwarrior.A, a praga, que também pode se propagar usando a tecnologia Bluetooth como os outros vírus de celular surgidos até agora, é considerada pela F-Secure um avanço na popularização desse tipo de ameaça. O motivo é que o Bluetooth - que permite a comunicação direta de um dispositivo móvel com outro - tem um alcance limitado a algumas dezenas de metros, enquanto o alcance do serviço MMS é, teoricamente, global.

Um problema adicional é que, com o MMS, também se pode receber e enviar mensagens multimídia entre celulares e contas de e-mail. A primeira indicação de um código maléfico como o Commwarrior ocorreu em janeiro, na Sérvia, em um fórum de discussão no qual se alertava para um vírus que se espalhava entre celulares com o sistema Symbian Series 60, enviando aleatoriamente mensagens MMS para toda a lista de contatos de um aparelho infectado.

De acordo com a F-Secure, as primeiras indicações sugerem que o Commwarrior.A é de origem russa. A companhia informa que a praga contém o texto "OTMOP03KAM HET!" e que uma tradução aproximada disto, em russo, seria "não para estúpidos". Apesar da potencial ameaça representada pelo Commwarrior, a F-Secure informa que o vírus se replica lentamente e que a empresa está investigando o porquê.

"A situação não é crítica, já que não recebemos muitos relatos de nossos clientes, mas o Commwarrior pode criar uma despesa indesejada aos usuários de celulares infectados, ao enviar mensagens MMS sem sua interação", afirma Antti Vihavainen, diretor de soluções para operações móveis da companhia finlandesa. E acrescenta: "Os telefones podem ser facilmente protegidos usando o senso comum. Nenhum dos vírus para celular atuais tem capacidade de instalar a si mesmo sem que o usuário quebre os padrões contidos nos alertas de segurança".

Características do Commwarior

Tecnicamente, o Commwarrior é classificado como um worm, isto é, um código maléfico com capacidade própria de replicação, sem necessidade de infectar um outro arquivo para isso. Opera em dispositivos Symbian Series 60, infectando via Bluetooth e serviço MMS.

Ao infectar um aparelho, procura por outros telefones que possuam tecnologia Bluetooth na área de alcance e tenta lhes enviar um arquivo com extensão .SIS e nome aleatório, dificultando seu reconhecimento.

Para se enviar por MMS, o worm lê a agenda telefônica do aparelho infectado e envia mensagens a este números contendo um texto variável e o arquivo commw.sis, que é uma cópia da praga.

Se o usuário executar o arquivo, o Commwarrior se instala em pastas do sistema operacional do aparelho e reinicia o ciclo, passando a se disseminar para outros aparelhos via Bluetooth e MMS.

As mensagens MMS foram projetadas para conter texto, imagens e sons, mas podem conter qualquer coisa, inclusive arquivos de instalação de sistema com códigos maléficos. Apesar de só conseguir infectar telefones com o sistema Symbian Series 60, as mensagens MMS contaminadas podem ser enviadas também para outros aparelhos que suportem o serviço.




Fonte: Infoguerra

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