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Internacional
Quarta - 09 de Março de 2005 às 06:20

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O ex-presidente norte-americano Bill Clinton será submetido nesta semana a uma cirurgia de baixo risco para remover uma cicatriz e fluidos que se formaram desde que ele foi submetido a uma operação cardíaca em 2004, disseram seus médicos na terça-feira.

O hospital Presbiteriano de Nova York, onde Clinton recebeu quatro pontes de safena em setembro, disse que o procedimento está marcado para quinta-feira. Clinton deve passar entre três e dez dias internado.

"Estou ótimo", disse Clinton, 58, quando acompanhava o também ex-presidente George Bush em visita ao Departamento de Estado, onde participaram de reuniões sobre ajuda às vítimas do tsunami de dezembro.

Mais tarde, visitando seu sucessor, George W. Bush, na Casa Branca, Clinton acrescentou: "Estou bem. É uma coisa rotineira, nada demais. Estou em boa forma".

Clinton e Bush pai pretendem disputar uma partida de golfe na quarta-feira para arrecadar dinheiro para as vítimas do tsunami. "Isso mostra como ele está doente", brincou o ex-presidente Bush.

Os médicos dizem que as atividades de Clinton não contribuíram para que a cirurgia fosse necessária-- na verdade, o ex-presidente poderia escolher não se submeter a ela. Eles disseram que o tecido cicatrizado e o fluido causam compressão no pulmão esquerdo de Clinton, o que o deixa sem fôlego e com desconforto durante exercícios físicos.

"Antes de ele fazer sua viagem (à Ásia, para visitar as áreas atingidas pelas ondas gigantes) já estávamos cientes disso", disse Allan Schwartz, diretor da divisão de cardiologia do hospital, em entrevista coletiva.

Clinton, que foi presidente entre 1993 e 2001, notou os sintomas durante suas caminhadas diárias, de cerca de 6,5 quilômetros, segundo os médicos. Eles afirmaram que a cirurgia, chamada descorticação (operação para remoção do coágulo residual e/ou tecido fibroso), raramente é feita posteriormente à introdução de pontes de safena. É necessária anestesia geral.

Craig Smith, chefe da divisão de cirurgia cárdio-torácica do hospital, disse que, em cerca de 6.000 casos como o de Clinton, ele só conhece dez que necessitaram da nova cirurgia. "Este é o final extremamente raro de um processo extremamente raro", afirmou.

Schwartz acrescentou que o procedimento "não é de emergência". Outro membro da junta médica, Joshua Sonett, disse que se trata de "um procedimento de risco relativamente baixo".

Clinton pretendia fazer campanha eleitoral no ano passado para o candidato democrata à Presidência, John Kerry, mas seus planos foram cancelados devido à cirurgia. Ele só entrou na campanha na reta final, em outubro.

Na época da primeira cirurgia, os médicos disseram que Clinton corria risco "substancial" de sofrer um enfarto, pois suas artérias estavam 90 por cento entupidas.




Fonte: 24 Horas News

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