Presos cortam a língua de delator

O final de semana foi tumultuado dentro do sistema prisional em Mato Grosso. Em 72 horas duas tentativas de fugas foram frustadas e dois detentos, um da penitenciária do Pascoal Ramos, e outro de Mata Grande (em Rondonópolis, 218 km de Cuiabá), foram executados.

Na madrugada de domingo os detentos da Cadeia Pública do Capão, em Várzea Grande, passaram por uma revista e descobriu-se que havia um plano de fuga de 32 detentos do Raio I. O Batalhão de Operações Especiais (Bope) foi acionado para que realizasse uma revista dentro da cadeia. Grades serradas, um cadeado estourado, marias-terezas (cordas confeccionadas artesanalmente), chuços e um aparelho celular foram encontrados. Conforme o coronel Antônio Benedito Campos Filho, comandante de Cuiabá, a situação foi controlada na cadeia já que havia a iminência de um motim devido ao plano frustado de fuga.

Delator - Por volta das 18h de domingo (6) o assaltante Valdeir Alves Souza, foi executado com golpes de chuços e ainda teve a língua cortada em pedaços.

Para a Polícia, a ação dos detentos demonstra que eles estavam querendo mandar um recado aos que ousassem descumprir a lei do silêncio.

Valdeir, possivelmente, foi responsabilizado pela localização de um túnel, na sexta-feira (4), dentro da penitenciária.

O modo como ele foi morto - tendo a língua cortada - é conhecido pelos detentos como "gravata colombiana".

Segundo a Polícia Militar, 12 presos do Raio II, aguardaram o término do banho de sol, voltaram para as celas, estouraram o cadeado e tiveram acesso ao setor de isolamento onde Valdeir estava.