Brasil está "extremamente preocupado" com a Bolívia

Brasília - O governo brasileiro está "extremamente preocupado" com o risco de desestabilização política na Bolívia, mas só deverá manifestar-se oficialmente sobre a pedido de renúncia do presidente Carlos Mesa em conjunto com os demais países do Mercosul e da Comunidade Sul-Americana de Nações.

Segundo o assessor especial para assuntos internacionais da presidência, Marco Aurélio Garcia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi informado hoje de manhã a respeito da crise boliviana. "Preferimos não acordá-lo à uma 1 da manhã", disse. Até o momento, o presidente brasileiro ainda não entrou em contato com Mesa ou outras autoridades bolivianas. Essa tarefa coube a Garcia, que conversou com dois ministros daquele país.

Segundo o assessor presidencial, o Brasil espera pela solução que a Assembléia Nacional Boliviana adotará nesta quarta-feira, ou seja, se vai acatar ou rejeitar o pedido de renúncia de Carlos Mesa. Ele disse que após a renúncia do então presidente Gonzalo Sanchez de Lozada, em 2003, o Brasil abriu "um enorme portfólio de oportunidades econômicas", referindo-se ao financiamento de uma rodovia em Santa Cruz de la Sierra e a projetos nas áreas de energia, petroquímica e metalurgia.