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Cidades/Geral
Segunda - 07 de Março de 2005 às 19:15

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O mercado de trabalho abriu as portas para o universo feminino em todas as esferas. Elas ocupam postos na terra, no mar, no céu...até no espaço. Segundo Allyson Rodrigues, supervisor de marketing da Todimo Construção & Acabamento, as mulheres estão presentes em todas as áreas da empresa. “A única exceção é nos depósitos, onde temos apenas carregadores e motoristas homens que carregam materiais pesados como pisos, areia e cimento”, diz. Nas lojas Todimo de Cuiabá, Várzea Grande e Todimo Design o número de mulheres, 60 colaboradoras, representa 23% dos homens. Segundo Allyson as mulheres, em número menor, vem ocupando cada vez mais cargos de liderança na empresa. “Temos mulheres na supervisão financeira, contábil, departamento de compras, vendas e RH”, afirma. “Até as empresas que nos prestam serviços são comandadas por mulheres, como agência de publicidade e assessoria de imprensa”, ressalta.

Maria Isabel Scarsi, 30 anos, é encarregada do departamento financeiro, onde trabalha só com mulheres. Grávida de cinco meses do primeiro filho, Isabel é colaboradora da Todimo há 9 anos. Para ela a mulher é mais eficiente e atenciosa ao lidar com caixa e tesouraria. Segundo a psicóloga Larissa Andrade Dias, 26 anos, o relacionamento com os homens na empresa é o melhor possível. “Temos uma relação profissional e tranqüila, através da qual todos transmitem conhecimento”, afirma.

Trabalho para homem?

Cada vez mais as mulheres quebram paradigmas e assumem atividades, antes ocupadas apenas por homens. A pintora de paredes, Marize Lourenço de Melo, 38 anos, mãe de quatro filhos, começou pintando sua própria casa há 10 anos. Optou pela profissão do marido para ajudá-lo. “Ele não sabia pôr preço no trabalho nem cobrar seus clientes”, disse. Para Marize a mulher tem vantagens na profissão por ser mais delicada e organizada. “A mulher deixa o ambiente de trabalho mais limpo e arrumado”. A pintora reclama do machismo dos colegas de profissão. “Quando faço cursos, geralmente só com homens, me perguntam o que estou fazendo lá”. Segundo Marize a profissão exige hoje trabalhos mais detalhados, como uma obra de arte, por isso a importância dos cursos e treinamentos. Indagada se o trabalho é pesado, Marize é taxativa. “O trabalho doméstico é muito pior”. Ela conta que no início sentia muitas dores no corpo, mas com o tempo, sumiram. “É como fazer ginástica, o corpo sente até se acostumar”, concluiu.

Suely de Jesus Barreto, 29 anos, é responsável pela promoção de produtos da loja Todimo de Cuiabá, mas já trabalhou como repositora abastecendo gôndolas com produtos. “Só não pegava latas de tintas e impermeabilizantes, que são mais pesados. Esses produtos deixamos para os homens”. Suely conta que perdeu a mãe aos seis anos e teve que assumir os cuidados com os irmãos e o trabalho doméstico. “Desde cedo pegava no pesado”, brinca. Ela também trabalhou num viveiro onde carregava sozinha vasos e até sacos de terra de 20 quilos.




Fonte: Da Assessoria

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