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Policia MT
Sexta - 23 de Novembro de 2012 às 07:21
Por: JOANICE DE DEUS

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Aluno do 3º ano do Ensino Médio, Marcos Vinícius Souza Silva teve vários ferimentos no rosto
Aluno do 3º ano do Ensino Médio, Marcos Vinícius Souza Silva teve vários ferimentos no rosto
A Corregedoria da PM vai investigar um soldado, lotado no 24° Batalhão em Cuiabá, acusado de invadir uma escola, ameaçar com uma arma e agredir um estudante de 18 anos.

O fato teria ocorrido no último dia 13 deste mês, às 20h40, dentro da escola estadual Pascoal Ramos, em Cuiabá. A denúncia contra o policial foi protocolada no dia seguinte (14/11), na Corregedoria Geral da PM.

Aluno do 3º ano do Ensino Médio, Marcos Vinícius Souza Silva conta que conversava com uma funcionária da unidade escolar, quando o policial Fernando Rocha Alves se aproximou e encostou uma arma em seu pescoço. “Ele disse que eu estava de conversinha com a mulher dele e começou a me agredir”, relatou o rapaz. Em seguida, o soldado puxou a vítima pelo braço levando-a até o banheiro. O policial estava à paisana e seria ex-marido da funcionária com quem o estudante conversava.

Já no banheiro, Marcos Vinícius conta que o policial desferiu socos, coronhadas e golpes de cassetetes no rosto e na cabeça. “Só na orelha levei seis pontos”, conta. “No rosto foram dois pontos de um lado e quatro do outro”, acrescentou. Apenas ontem à tarde, o estudante retiraria os pontos.

Na denúncia (262/12) feita à Corregedoria da PM, o estudante afirma que o policial o ameaçava de morte e que já havia matado outra pessoa, por isso não faria diferença. “O que espero é que não haja impunidade”, cobrou.

Marcos Vinícius afirma que o fato foi presenciado por funcionários da escola, que o socorreram e o levaram à Policlínica do Pascoal Ramos. Na Corregedoria, ele afirmou ter sido encaminhado para exames de lesão corporal no Instituto Médico Legal (IML) e ainda deixou fotos do acontecido. O estudante também registrou boletim de ocorrência no Cisc do Coxipó.

Pai do estudante, Almir José Pereira se mostra inconformado. “A mãe do Vinícius faz tratamento contra câncer e não pode ficar se aborrecendo. Ela se sentiu muito mal quando ficou sabendo da agressão contra o filho”, comentou.

A reportagem do Diário tentou manter contato por telefone com o policial, mas não conseguiu. O 24º Batalhão faz parte da Companhia do Pedra 90. De acordo com o sargento Roque, ontem o sodaldo Fernando estava de folga e ele não tinha autorização para passar o telefone do policial.

A assessoria de imprensa da PM informou ontem que o caso chegou ao conhecimento da Corregedoria no dia 14 de novembro e que, por causa do feriado prolongado, só começou a ter andamento na quarta-feira. A sindicância deverá ser concluída em 20 dias, prorrogáveis por mais 20.




Fonte: DO DC

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