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Reforma: oposição desconfia, aliados pedem rapidez
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá anunciar ainda esta semana as mudanças no primeiro escalão do seu Governo. A demora em promover o troca-troca de cadeiras tem provocado insatisfação na base aliada, que cobra mais espaço na Esplanada dos Ministérios, e a desconfiança da oposição. As dificuldades teriam como principal signatário o próprio Lula.
Segundo interlocutores, o presidente sofre por ter que demitir antigos companheiros e, se pudesse, não faria as mudanças esperadas. O problema é que com um ministério formado em sua maioria por petistas, o presidente não terá outra alternativa a não ser dispensar nomes do seu próprio partido.
Outra dificuldade é que, com a reforma, o Governo, eleito sob a bandeira da esquerda, se deslocará de vez para o centro. Se quiser garantir tranqüilidade no Congresso nos próximos dois anos, Lula terá que abrir espaço para o PP, que apoiou o regime militar, incluir na sua equipe a senadora Roseana Sarney (MA), afastada do PFL, e ainda abrigar mais um nome da equipe do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder no Governo anterior, conta com o apoio do seu partido para substituir Amir Lando, que hoje ocupa a Previdência.
Para os mais próximos, o presidente Lula pouco tem falado sobre as mudanças que fará na sua equipe. As apostas no meio político continuam recaindo sobre os ministros da Articulação Política, Aldo Rebelo, da Saúde, Humberto Costa, da Previdência, Amir Lando, e das Comunicações, Eunício Oliveira. Mas, desses quatro, apenas Lando e Costa devem voltar para casa. Os demais deverão ser remanejados.
A desculpa para demitir o ministro da Saúde é que ele teria mesmo que deixar o Governo no próximo ano, já que pretende disputar o Governo de Pernambuco. Para o lugar de Costa, fala-se agora no nome de outro nordestino, o ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes. Já Amir Lando tem o PMDB como seu principal algoz.
A oposição assiste de camarote à angústia do presidente Lula. O presidente licenciado do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), acredita que "dificilmente o presidente fará o que precisa ser feito, que é o enxugamento da máquina". Assim que assumiu o mandato, Lula criou 15 ministérios. "O presidente deveria reduzir os ministérios que criou. Doze estaria de bom tamanho. Hoje, para reunir a equipe, ele precisa de um estádio de futebol e não de uma mesa", ironizou.
Para Bornhausen, a reforma "será uma frustração", pois além de não enxugar a máquina, nenhum "nome de peso" deverá entrar na equipe para ajudar o Governo a mostrar resultados. "As mudanças só terão motivação política", disse.
Segundo interlocutores, o presidente sofre por ter que demitir antigos companheiros e, se pudesse, não faria as mudanças esperadas. O problema é que com um ministério formado em sua maioria por petistas, o presidente não terá outra alternativa a não ser dispensar nomes do seu próprio partido.
Outra dificuldade é que, com a reforma, o Governo, eleito sob a bandeira da esquerda, se deslocará de vez para o centro. Se quiser garantir tranqüilidade no Congresso nos próximos dois anos, Lula terá que abrir espaço para o PP, que apoiou o regime militar, incluir na sua equipe a senadora Roseana Sarney (MA), afastada do PFL, e ainda abrigar mais um nome da equipe do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder no Governo anterior, conta com o apoio do seu partido para substituir Amir Lando, que hoje ocupa a Previdência.
Para os mais próximos, o presidente Lula pouco tem falado sobre as mudanças que fará na sua equipe. As apostas no meio político continuam recaindo sobre os ministros da Articulação Política, Aldo Rebelo, da Saúde, Humberto Costa, da Previdência, Amir Lando, e das Comunicações, Eunício Oliveira. Mas, desses quatro, apenas Lando e Costa devem voltar para casa. Os demais deverão ser remanejados.
A desculpa para demitir o ministro da Saúde é que ele teria mesmo que deixar o Governo no próximo ano, já que pretende disputar o Governo de Pernambuco. Para o lugar de Costa, fala-se agora no nome de outro nordestino, o ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes. Já Amir Lando tem o PMDB como seu principal algoz.
A oposição assiste de camarote à angústia do presidente Lula. O presidente licenciado do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), acredita que "dificilmente o presidente fará o que precisa ser feito, que é o enxugamento da máquina". Assim que assumiu o mandato, Lula criou 15 ministérios. "O presidente deveria reduzir os ministérios que criou. Doze estaria de bom tamanho. Hoje, para reunir a equipe, ele precisa de um estádio de futebol e não de uma mesa", ironizou.
Para Bornhausen, a reforma "será uma frustração", pois além de não enxugar a máquina, nenhum "nome de peso" deverá entrar na equipe para ajudar o Governo a mostrar resultados. "As mudanças só terão motivação política", disse.
Fonte:
Agência Nordeste
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/354393/visualizar/
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