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Economia
Quinta - 22 de Novembro de 2012 às 22:52

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Com o aumento no valor do combustível, o Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas está preocupado. Em uma empresa de transporte de cargas de Belém, embarcam e desembarcam cerca de mil carretas todos os dias. O combustível corresponde a 40% do valor do frete cobrado pela companhia. Um caminhão que faz o trajeto Belém/São Paulo, por exemplo, chega a consumir 2 mil litros de diesel.

“O reajuste do combustível tem impacto diretamente na nossa atividade de transporte rodoviário, porque o diesel tem um consumo direto na nossa atividade. Então, isso nos traz uma consequência que é o aumento de custo, e consequentemente tem que haver o repasse desse custo do diesel também ao frete”, comenta o vice-presidente do sindicato Daniel Carvalho.

O litro do diesel está R$ 0,04 mais caro. Já o litro da gasolina, aumentou R$ 0,01. Apenas o álcool teve redução de R$ 0,03 no preço. Segundo o Sindicato dos Postos de Combustível, a alteração aconteceu devido ao reajuste no chamado "preço de pauta", valor definido pelo governo, que serve de base para cobrir o ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias).

“Você pega o preço novo de pauta, reduz do preço antigo e joga o ICMS em cima. Então, isso corresponde a esse valor de aumento”, explica o vice-presidente Sindcombustível, Mário Melo.

De toda a arrecadação de ICMS no Pará, 25% vem dos combustíveis. Com o aumento no preço da gasolina e do diesel, o Pará vai arrecadar mais R$ 3 milhões ao ano. A Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa), que é responsável por avaliar a pauta do imposto, informou que a pauta sofre alteração a cada 15 dias, mas não é determinante para aumentar o preço do combustível.

“O imposto não é justificativa para reajuste de preço. Nessa situação isso é bastante emblemático, porque nós ajustamos para cima o preço do diesel e da gasolina, e está sendo anunciado o aumento de preço, de forma inexplicável para nós. No entanto, nós estamos reduzindo a base de cálculo de álcool, e não está sendo anunciada a redução no preço final. Isso é uma demonstração cabal de que outros fatores devem estar sendo considerados para reajustar os preços da gasolina e do diesel, e que não estão sendo considerados para reduzir o preço do álcool”, comenta o secretário da Sefa, José Tostes Neto.

De acordo com o consultor de petróleo e gás, Francinaldo Oliveira, este é um aumento do preço do combustível já nas distribuidoras. “Para isso nós precisamos buscar justificativas, que são o aumento do frete no etanol, as poucas carretas para transportar, o etanol nas usinas está mais caro também, e nós temos um custo imenso de deslocamento da logística. Nós estamos longe dos locais produtores. Tanto do etanol, quanto dos outros combustíveis”, ressalta.





Fonte: Do G1 PA

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