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Internacional
Segunda - 07 de Março de 2005 às 13:07

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A África do Sul vai exumar os túmulos de centenas de combatentes do apartheid para tentar solucionar suas mortes misteriosas e encontrar pistas sobre seus assassinos, disse uma importante autoridade do governo na segunda-feira.

Centenas de ativistas negros foram assassinados por agentes de segurança na época do apartheid e enterrados em covas sem identificação. Mitos familiares dizem não ter idéia do que aconteceu com seus parentes, que simplesmente desapareceram sem deixar pistas.

O porta-voz da Autoridade de Promotoria Nacional Makhosini Nkosi disse que seu gabinete iria apresentar acusações quando fosse possível, mas que o principal objetivo é pôr um fim em um terrível capítulo da história sul-africana e permitir aos parentes enterrar seus mortos.

"O principal objetivo é encerrar o caso", disse. "Se para resolver o caso for preciso que o corpo seja entregue à família sem a instauração de um processo, é o que será feito."

Nkosi disse que as primeiras duas covas seriam exumadas na quarta-feira na cidade de Pietermaritzburg, no leste do país.

Ele afirmou que os promotores receberam uma lista de 477 pessoas cujos desaparecimentos não foram solucionados pela Comissão da Reconciliação e da Verdade, criada pelo ex-presidente Nelson Mandela em 1996 para investigar as atrocidades cometidas na era do apartheid.

O regime do apartheid terminou em 1994, quando a África do Sul realizou sua primeira eleição aberta a todas as raças e o Congresso Nacional Africano, de Mandela, assumiu o poder. Muitas pessoas conseguiram anistia por crimes politicamente motivados cometidos durante o apartheid.

(Por Gershwin Wanneburg)





Fonte: Reuters

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