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População sobreviveu a genocídio e guerras no Timor Leste
Não só os timorenses vão aprender com a visita do grupo brasileiro. Nos dias 10 e 20, os “professores missionários” embarcam rumo ao país mais novo do mundo, que ainda acaba de sepultar os mortos e afastar os fantasmas do genocídio ocorrido durante a ocupação Indonésia. O Timor Leste declarou independência há apenas seis anos.
O país foi colônia portuguesa por 450 anos - o domínio terminou em 1975 com a revolução dos Cravos e queda da ditadura portuguesa. Foi menos de um mês de paz. Logo em seguida, o território foi invadido pela Indonésia, interessada principalmente no petróleo. Houve bombardeios, saques, estupros, assassinatos. A população resistiu na guerrilha, representada pela organização esquerdista Fretilin. O grupo era liderado pelo atual presidente do Timor, Xanana Gusmão.
Nem a comoção da comunidade internacional freou a matança. A Organização das Nações Unidas (ONU) não reconheceu a anexação do Timor à Indonésia. Em 1980, a Comissão de Direitos Humanos da ONU reconheceu o direito de independência do Timor.
Ainda assim, nada aconteceu. Onze anos depois ocorreu o massacre no cemitério de Santa Cruz: 271 mortos, 382 feridos, 250 desaparecidos e 362 presos durante uma manifestação pacífica. A pressão internacional conseguia pequenos avanços, que se seguiam a outros tantos retrocessos. Dois tenentes e um sargento chegaram a ser condenados a mais de dez anos de prisão pela participação no massacre. Mas a justiça também puniu quem participou da manifestação: um estudante foi condenado à prisão perpétua.
Em 1996, o foco das atenções do mundo se voltou mais ainda ao país com a concessão do prêmio Nobel da Paz a dois ativistas do movimento pró-independência, o bispo D. Carlos Filipe Ximenes Belo e o chanceler exilado José Ramos Horta.
Três anos depois seria realizado o plebiscito para decidir sobre a separação da Indonésia. A sede de liberdade era grande: 98% das pessoas aptas a votar compareceram às urnas. A maioria, 78,5%, optou pela liberdade.
O resultado gerou uma nova onda de violência desencadeada por forças pró Indonésia. Prédios públicos, escolas, redes de telefonia e de energia foram destruídos. Até a Missão de Paz das Nações Unidas teve que se retirar do país e refugiar-se na Austrália. No lugar, desembarcaram no Timor Leste as tropas de uma força internacional da ONU.
Em 2002, foram realizadas eleições que elegeram presidente o antigo líder da resistência, Xanana Gusmão. Cento e vinte e cinco oficiais do exército brasileiro integram a missão da ONU que continua no país até hoje.
O país foi colônia portuguesa por 450 anos - o domínio terminou em 1975 com a revolução dos Cravos e queda da ditadura portuguesa. Foi menos de um mês de paz. Logo em seguida, o território foi invadido pela Indonésia, interessada principalmente no petróleo. Houve bombardeios, saques, estupros, assassinatos. A população resistiu na guerrilha, representada pela organização esquerdista Fretilin. O grupo era liderado pelo atual presidente do Timor, Xanana Gusmão.
Nem a comoção da comunidade internacional freou a matança. A Organização das Nações Unidas (ONU) não reconheceu a anexação do Timor à Indonésia. Em 1980, a Comissão de Direitos Humanos da ONU reconheceu o direito de independência do Timor.
Ainda assim, nada aconteceu. Onze anos depois ocorreu o massacre no cemitério de Santa Cruz: 271 mortos, 382 feridos, 250 desaparecidos e 362 presos durante uma manifestação pacífica. A pressão internacional conseguia pequenos avanços, que se seguiam a outros tantos retrocessos. Dois tenentes e um sargento chegaram a ser condenados a mais de dez anos de prisão pela participação no massacre. Mas a justiça também puniu quem participou da manifestação: um estudante foi condenado à prisão perpétua.
Em 1996, o foco das atenções do mundo se voltou mais ainda ao país com a concessão do prêmio Nobel da Paz a dois ativistas do movimento pró-independência, o bispo D. Carlos Filipe Ximenes Belo e o chanceler exilado José Ramos Horta.
Três anos depois seria realizado o plebiscito para decidir sobre a separação da Indonésia. A sede de liberdade era grande: 98% das pessoas aptas a votar compareceram às urnas. A maioria, 78,5%, optou pela liberdade.
O resultado gerou uma nova onda de violência desencadeada por forças pró Indonésia. Prédios públicos, escolas, redes de telefonia e de energia foram destruídos. Até a Missão de Paz das Nações Unidas teve que se retirar do país e refugiar-se na Austrália. No lugar, desembarcaram no Timor Leste as tropas de uma força internacional da ONU.
Em 2002, foram realizadas eleições que elegeram presidente o antigo líder da resistência, Xanana Gusmão. Cento e vinte e cinco oficiais do exército brasileiro integram a missão da ONU que continua no país até hoje.
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/354590/visualizar/
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