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Nacional
Domingo - 06 de Março de 2005 às 11:00

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O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, em visita oficial à África, confirmou que o governo está investigando por diferentes caminhos a versão da morte do engenheiro brasileiro João José Vasconcellos Jr., seqüestrado no Iraque em 19 de janeiro, e disse que o embaixador extraordinário do Brasil para o Oriente Médio, Affonso Celso de Ouro-Preto, vai tomar medidas para obter "informações adicionais sobre a notícia". Neste sábado, a agência de notícias italiana Ansa publicou a informação de que o engenheiro estaria morto.

O Itamaraty informou que após contato com Celso Amorim, o ministro interino das Relações Exteriores, embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, instruiu as representações brasileiras na região e à embaixada do Brasil em Roma que verifiquem a veracidade da informação.

O chanceler declarou ainda que tem esperanças de que o engenheiro esteja vivo e fez um apelo aos seqüestradores para que dêem informações concretas aos familiares e ao governo.

"Eu diria que nós conservamos a esperança. Já houve momentos em que nós ouvimos coisas negativas, depois as atitudes e os indicadores foram no sentido contrário e as análises também. Então, matemos a esperança", disse ele. "E, evidentemente, o que nós apelaríamos é que os seqüestradores permitam a nós e, sobretudo a família, ter conhecimento da real situação".

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a família do engenheiro têm sido informados sobre a evolução das gestões brasileiras, informou o Itamaraty.

O ministro Amorim ainda reconheceu que o Brasil mantém contatos com serviços de inteligência de alguns países sobre o assunto. O governo brasileiro fez contatos com as nações árabes sobre o assunto na última viagem de Celso Amorim ao Oriente Médio. "Tive ocasião de fazer esse apelo diretamente aos países árabes, quando participei no Fórum Econômico para o Oriente Médio. Eles conhecem a nossa posição, inclusive sobre o tema do Iraque", disse.

A irmã do engenheiro, Isabel, disse em entrevista portal Terra, que a família não está levando as informações em considerações até que ela seja confirmada. "Já recebemos inúmeros anúncios de que ele estava morto, vivo e ferido. Em nenhuma delas tivemos qualquer confirmação. O que aconteceu é que essa vazou para a imprensa", revelou ela.

"O Ministério das Relações Exteriores está averiguando as informações e também estamos em contato com o embaixador Itamar Franco na Itália para saber de onde surgiu essa informação. No momento, estamos apenas aguardando com muita cautela", disse.

O engenheiro brasileiro foi seqüestrado em janeiro passado na cidade de Beiji, no norte do Iraque, enquanto trabalhava para a construtora Odebrecht. A ação foi reivindicada pelo grupo autodenominado Brigadas dos Mudjahedines.




Fonte: Agência Brasil

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