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Morre em São Paulo Tião Maia, "O Barão do Gado"
Araçatuba - Morreu neste sábado em São Paulo o pecuarista e empresário Sebastião Ferreira Maia, o Tião Maia, de 87 anos. Maia estava internado no Hospital Sírio Libanês, desde 10 de fevereiro. Nascido em Passos (MG), dono de frigoríficos no Brasil na década de 60, criador de gado, amigo e sócio dos ex-presidentes João Goulart e Juscelino Kubitschek, Maia se tornou conhecido pelo espírito empreendedor e o jeito caipira, que fascinavam amigos, empresários e políticos do alto escalão. Seu estilo folclórico inspirou a criação do personagem Sinhozinho Malta, de Roque Santeiro.
Maia desenvolveu a pecuária de corte na Austrália, onde ficou milionário como dono de milhares de cabeças de gado e de grandes fazendas e passou a ser chamado de "o Barão do Gado". Depois, morou nos Estados Unidos, onde fez investimentos milionários, em especial no mercado imobiliário, e em outros negócios.
Há seis anos, depois de sofrer um aneurisma que deixou seqüelas na sua memória, ele voltou ao Brasil e passou a viver recluso em um apartamento na capital paulista. Acompanhado da irmã e enfermeiros, ele era submetido a longas sessões de fisioterapia e de fonoaudiologia até seu estado piorar em fevereiro deste ano e ter de ser internado às pressas.
Mundo afora - Com primário incompleto e sem saber pronunciar uma única palavra em inglês, mas com alguns milhões de dólares no bolso, Maia chegou à Austrália em 1976, um ano depois de ser punido pelo governo brasileiro, acusado de cometer abuso de preços numa época de desabastecimento de carne. Maia viajou por seis meses pelo país e começou a comprar as terras até ser dono de 1 milhão de hectares, o que chamou a atenção do governo australiano, especialmente por ser uma época em que o comércio pecuário estava em crise naquele país. Chamado a dar explicações, Maia apostou: disse que o preço da carne subiria num futuro próximo e que ficaria rico com os dólares australianos. Não deu outra. Na década de 80 já estava milionário.
Mesmo assim, foi contido pelo governo australiano, que o acusou, por conta da concentração de terras nas suas mãos, de prejudicar a reforma agrária no país. Inconformado, Maia mudou o foco dos seus investimentos para os EUA, onde foi morar. Investiu milhões em condomínios em Las Vegas, cidade onde era visto passeando em Rolls Royce com chapéu de boiadeiro ao lado de belas mulheres e costumava aparecer nos cassinos trajando bermudas.
Ao chegar ao Brasil delegou parte de seu império ao sobrinho Aramis Patti Maia. O destino de sua fortuna, segundo amigos, não causa atritos entre os familiares. Entre os bens estão 170 mil cabeças de gado e duas fazendas na Austrália: Lawn Hill, comprada à vista por US$ 3 milhões, e Julia Creek, de 140 mil hectares. Há ainda empreendimentos nos Estados Unidos, como um conjunto residencial em Las Vegas avaliado em US$ 30 milhões, e um condomínio de apartamentos, batizado de Copacabana.
Maia desenvolveu a pecuária de corte na Austrália, onde ficou milionário como dono de milhares de cabeças de gado e de grandes fazendas e passou a ser chamado de "o Barão do Gado". Depois, morou nos Estados Unidos, onde fez investimentos milionários, em especial no mercado imobiliário, e em outros negócios.
Há seis anos, depois de sofrer um aneurisma que deixou seqüelas na sua memória, ele voltou ao Brasil e passou a viver recluso em um apartamento na capital paulista. Acompanhado da irmã e enfermeiros, ele era submetido a longas sessões de fisioterapia e de fonoaudiologia até seu estado piorar em fevereiro deste ano e ter de ser internado às pressas.
Mundo afora - Com primário incompleto e sem saber pronunciar uma única palavra em inglês, mas com alguns milhões de dólares no bolso, Maia chegou à Austrália em 1976, um ano depois de ser punido pelo governo brasileiro, acusado de cometer abuso de preços numa época de desabastecimento de carne. Maia viajou por seis meses pelo país e começou a comprar as terras até ser dono de 1 milhão de hectares, o que chamou a atenção do governo australiano, especialmente por ser uma época em que o comércio pecuário estava em crise naquele país. Chamado a dar explicações, Maia apostou: disse que o preço da carne subiria num futuro próximo e que ficaria rico com os dólares australianos. Não deu outra. Na década de 80 já estava milionário.
Mesmo assim, foi contido pelo governo australiano, que o acusou, por conta da concentração de terras nas suas mãos, de prejudicar a reforma agrária no país. Inconformado, Maia mudou o foco dos seus investimentos para os EUA, onde foi morar. Investiu milhões em condomínios em Las Vegas, cidade onde era visto passeando em Rolls Royce com chapéu de boiadeiro ao lado de belas mulheres e costumava aparecer nos cassinos trajando bermudas.
Ao chegar ao Brasil delegou parte de seu império ao sobrinho Aramis Patti Maia. O destino de sua fortuna, segundo amigos, não causa atritos entre os familiares. Entre os bens estão 170 mil cabeças de gado e duas fazendas na Austrália: Lawn Hill, comprada à vista por US$ 3 milhões, e Julia Creek, de 140 mil hectares. Há ainda empreendimentos nos Estados Unidos, como um conjunto residencial em Las Vegas avaliado em US$ 30 milhões, e um condomínio de apartamentos, batizado de Copacabana.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/354679/visualizar/
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