EUA consideram insuficiente a retirada parcial das tropas sírias
O comunicado lembra ainda que a resolução 1559 da ONU exige a saída das tropas e dos serviços de inteligência estrangeiros do Líbano.
Segundo o Departamento de Estado, "o mundo está muito atento à situação no Líbano, especialmente em Beirute". "Os governos da Síria e do Líbano devem respeitar a vontade do povo libanês e os libaneses devem poder se expressar, livres de intimidação e da ameaça da violência", acrescentou Washington.
O mundo - acrescenta o documento - "considerará diretamente responsáveis os governos do Líbano e da Síria por qualquer intimidação, confronto ou violência contra o povo libanês".
O Departamento de Estado insiste ainda que as eleições previstas para maio no Líbano sejam realizadas de maneira "livre, justa e fidedigna" e sob a supervisão de observadores internacionais.
O comunicado exige também a "cooperação completa" das autoridades libanesas, com a investigação da ONU sobre o assassinato do ex-primeiro-ministro libanês Rafik Hariri, ocorrido em 14 de fevereiro e que desatou a atual crise. A oposição libanesa acusou a Síria pelo atentado, o que Damasco negou taxativamente.
A Síria, diz o Departamento de Estado, "não deve fazer nada que obstrua ou prejudique a investigação".
Desde o assassinato de Hariri, os Estados Unidos aumentaram a pressão sobre a Síria, com pedidos quase diários para que Damasco retire os cerca de 15 mil soldados e os agentes de seus serviços secretos no país vizinho.
Em seu discurso semanal, Bush lembrou hoje que a resolução 1559 do Conselho de Segurança da ONU, apresentada por Washington e Paris, exige "a retirada de todas as tropas estrangeiras" do Líbano.
"Uma retirada síria de todo seu pessoal militar e dos serviços de inteligência ajudaria a garantir que as eleições libanesas sejam realizadas nessa primavera (hemisfério norte) e sejam livres e justas", acrescentou o presidente.
Em um discurso no Parlamento sírio, Al Assad anunciou hoje que a Síria deslocará suas tropas de maneira gradual para a fronteira. Em um primeiro momento, disse, as tropas sírias ficarão no Vale de Bekaa, próximo à fronteira, com o objetivo de retornar a seu país em uma segunda fase.
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